DSpace Communidade:https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/24052024-03-29T02:14:55Z2024-03-29T02:14:55ZCena musical beradera: em busca de uma identidade culturalSantana Júnior, Eduardo Augusto Melo dehttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/32982021-07-06T21:33:57Z2019-01-01T00:00:00ZTítulo: Cena musical beradera: em busca de uma identidade cultural
Autor(es): Santana Júnior, Eduardo Augusto Melo de
Resumo: Este trabalho investiga a cena musical beradera e a busca de uma identidade cultural para a cidade de Porto Velho através da exploração de temas amazônicos em torno da cultura ribeirinha, utilizando de sentidos polissêmicos, o termo beradero. O objetivo é entender como um movimento cultural de caráter musical se propôs a construir uma identidade cultural em Porto Velho, e analisar como as políticas
culturais em nível nacional contribuíram na tentativa de forjar uma identidade regional a partir de políticas públicas que visavam amenizar os efeitos da indústria cultural baseada no agronegócio. A cena musical beradera nasceu em Porto Velho no início do século XXI, ela é um fenômeno que revela as características do deslocamento do sujeito pós-moderno, afetado pelas transformações da
modernidade; estas, responsáveis pelo descentramento do sujeito e pelas crises identitárias da sociedade global. Este estudo propõe uma análise sobre a trajetória histórica dos fenômenos culturais de Porto Velho expressados na cultura underground, e na chamada música popular amazônica. A pesquisa também faz uma reflexão sobre a produção cultural de Nazaré, a capital cultural do Baixo Madeira, num contraponto com o fenômeno urbano do beradismo, beradagem e outros de conteúdo oriundo das classes médias urbanas de uma capital amazônica. Em Nazaré, a cultura ribeirinha se apresenta de forma quase natural em seu habitat; além disso é de lá que vem esse manancial simbólico que alimenta e inspira a cena musical beradera de características tipicamente urbanas. Nesse sentido, estabelecemos um diálogo entre a História e os Estudos Culturais, a partir das leituras feitas por João de Jesus de Paes Loureiro (2001), Muniz Sodré (2015), Stuart Hall (2014; 2016) e Antônio Domingues Teixeira e Dante Ribeiro da Fonseca (1998), entre outros. Acreditamos que este assunto tem forte potencial para
desdobrar-se em outras pesquisas, logo, não ambicionamos esgotá-lo. Propomos apenas principiar uma discussão, e também convidar outros pesquisadores a discutir e refletir sobre as questões aqui abordadas, tanto para aprofundá-las quanto confrontá-las.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao de Programa de Pós-Graduação em História e Estudos Culturais (PPGHISEC), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em História em Estudos Culturais. Orientador: Prof. Dr. Valdir Aparecido de Souza.2019-01-01T00:00:00ZOs Oronao: uma história de doenças e resistências a partir dos registros do SPI - 9ª I. R., Guajará-Mirim (1940-1970)Chaves, Nágila Nervalhttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/24792020-10-05T10:44:42Z2017-01-01T00:00:00ZTítulo: Os Oronao: uma história de doenças e resistências a partir dos registros do SPI - 9ª I. R., Guajará-Mirim (1940-1970)
Autor(es): Chaves, Nágila Nerval
Resumo: Apresenta-se neste estudo sobre Os OroNao’: uma história de doenças e resistências a partir dos registros do SPI - 9ª I. R., Guajará-Mirim (1940-1970), as situações de doenças, mortandade e resistências vividos pelos Povos Indígenas Wari’, em especial, os subgrupos OroNao’ e OroNao’ dos brancos, no processo de contato interétnico com o não índio, no Território do Guaporé, Posto Ricardo Franco, nos anos de 1956 e 1961. Trata-se de uma pesquisa histórica e bibliográfica com abordagem qualitativa, utilizando o método da História Oral, e tem como objeto de estudo as consequências trazidas pelo contato desses subgrupos indígenas com os não indígenas nos postos de atração. Como objetivos relaciona-se, descreve-se e relata-se os tipos de doenças que o contato trouxe para os indígenas, as resistências expressas por eles e as situações de mortandade advindas do contato e das doenças. A discussão tem como base o conceito de fricção interétnica elaborado por Oliveira (1976) que permite mostrar as implicações do contato na identidade étnica, bem como, as doenças, a mortandade e a resistência, em decorrências das relações interétnicas do povo indígena Wari’, nos documentos do extinto Serviço de Proteção aos Índios e Trabalhadores Nacionais, (SPI), que desde a sua criação em 1910 cumpre a política de tutela e nacionalização dos povos indígenas. Para a atração dos indígenas criou-se os seguintes Postos de Atração Indígenas: P. I. A. Dr. Tanajura, atual Terra Indígena Pacaás-Novas, para onde levaram o primeiro subgrupo contatado, os OroNão’ do igarapé Dois Irmãos, em 1956, o P. I. A. Tenente Lira, atual Terra Indígena Igarapé Lage, onde ficaram os OroWaram, OroMon e OroWaramXijein, o P. I. A. Rio Negro Ocaia, acampamento Dom Rey e depois Barracão, onde ficaram a outra parte OroNao’, OroEo e OroAt, o P. I. A. Major Amarante, atual Terra Indígena Ribeirão, para onde levaram os OroMon e OroWaramXijein em 1961 e o Posto de atração Ricardo Franco, criado antes, em 1945, produtor dos documentos administrativos utilizados na pesquisa: ofícios, boletins de atividades, inventários, telegramas e atestados de falecimentos, que indicaram as doenças que mais acometeram os indígenas nessas décadas: em primeiro lugar gripe (influenzae), em segundo lugar malária (Impaludismo-protozoário gênero Plamodium), em terceiro lugar a tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) e em quarto lugar o Sarampo (Morbili Vírus). Essas doenças e os massacres foram as causas da dizimação dos OroNao’, OraAt e OroEo, nessas décadas e em outras que se seguiram.
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação de História e Estudos Culturais (PPHEC), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título de Mestre em História e Estudos Culturais). Orientador(a): Profª. Drª. Lilian Maria Moser.2017-01-01T00:00:00ZDireitos humanos e o fronteiriço Boliviano na nova lei de migração brasileira.Assis, Magno Ferreira dehttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/24782020-10-20T19:55:30Z2017-01-01T00:00:00ZTítulo: Direitos humanos e o fronteiriço Boliviano na nova lei de migração brasileira.
Autor(es): Assis, Magno Ferreira de
Resumo: Esta Pesquisa realiza análise da migração abarcando seus aspectos jurídicos e relacionando-os aos direitos humanos e ao cidadão fronteiriço boliviano, a partir da perspectiva da nova lei de migração brasileira. A nossa hipótese de base acredita na existência de uma cultura enraizada na sociedade brasileira predisposta a rechaçar o estrangeiro. Seguimos autores como Sayad, Bhabha, Castles e Miller, Silva e Lafer. A metodologia seguida é a Filologia Política, que tem como centro dados político-culturais e a sua relação com os vários aspectos das sociedades alcançadas. Os resultados permitem dizer que a legislação migratória mudou o paradigma da perseguição do fronteiriço e do destaque à segurança nacional, priviliegiando-se a defesa do ser humano. Os efeitos da nova Lei de Migração para a fronteira parecem não corresponder às realidades locais. Acompanhados de alguns dos pressupostos do sociólogo argelino radicado na França Abdelmalek Sayad, cujos conceitos são aqui referenciados, tal como o conceito de Migrante (como uma força de trabalho provisória e em trânsito), admite-se essa Pessoa como uma espécie de ferramenta na engrenagem capitalista do país de destino, e que mais cedo ou tarde retornará a seu solo pátrio. Seguimos algumas concepções de Homi Bhabha, em O Local da Cultura, e usamos alguns de seus pressupostos para compreender os embates culturais na fronteira, entendida por nós como um “entre-lugar” que nos oferece a oportunidade de percebermos as trocas culturais existentes através de negociações realizadas no campo da cultura, alteridade e identidade. Bhabha dialoga com concepções transnacionalistas das migrações, referência em estudos sobre identidade e imigração. Há destaque ainda à obra de Castles e Miller La Era de las Migraciones, que retrata mudanças ocorridas no fenômeno migratório do século XX, especialmente após o fim da Guerra Fria. Na busca de compreender direitos humanos como direitos a ser estendidos a todos, independentemente da condição da pessoa, como no caso dos estrangeiros, consultamos autores como Fábio Konder Comparato, Flávia Piovesan, André de Carvalho Ramos e José Afonso da Silva. Tanto manuseamos fontes bibliográficas como artigos de jornais e de revistas que pudessem ser úteis na análise da cultura institucional e social, refentes à migração no Brasil. Uma vez que a Filologia Política estuda a cultura pelo viés da percepção de manifestações da linguagem, foi instrumento de estudo da mudança do paradigma legal quanto à migração. Concluímos ser importante perceber o estudo da Cultura migratória através da linguagem jurídica e institucional, aproveitando ainda aquilo que circula através da mídia e dos seus mais importantes veículos de comunicação.
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação de História e Estudos Culturais (PPHEC), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título de Mestre em História e Estudos Culturais). Orientador(a): Profª. Drª. Patrícia Helena dos Santos Carneiro.2017-01-01T00:00:00Z