DSpace Communidade:https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/8472024-03-28T19:04:17Z2024-03-28T19:04:17ZAssombração e medo: uma análise pós-colonial/decolonial dos contos "Trem das almas" e "Meu filho nas estradas do seringal", de Simon Oliveira "Almeida, Maria Rosângela Soareshttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/51302024-03-20T17:38:07Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Assombração e medo: uma análise pós-colonial/decolonial dos contos "Trem das almas" e "Meu filho nas estradas do seringal", de Simon Oliveira "
Autor(es): Almeida, Maria Rosângela Soares
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo principal aprofundar a análise da presença de elementos ligados à narrativa de assombração e medo nos contos intitulados "Trem das Almas" e "Meu filho nas estradas do seringal", os quais fazem parte da obra "Trem das Almas" (2020), escrita por Simon Oliveira dos Santos. Estes contos têm como pano de fundo a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que ocorreu entre os anos de 1907 a 1912. A pesquisa busca compreender como os povos indígenas são retratados de forma estereotipada e desumanizada, provocando sentimentos de medo e assombro nos leitores, e como a obra como um todo contribui para a narrativa histórica do ciclo da borracha e da construção da Ferrovia, especialmente na região de Vila Murtinho. A abordagem metodológica adotada nesta pesquisa é bibliográfica qualitativa, que inclui uma análise literária de passagens que evidenciam a presença dos elementos de assombração e medo tanto nos personagens quanto nos cenários descritos nos contos. O objetivo é contribuir para os estudos literários específicos para a Amazônia Rondoniense, preenchendo lacunas com novas perspectivas. Para embasar esta análise, recorremos a diversas fontes acadêmicas e teóricas, incluindo a obra de estudiosos renomados como Bhabha (1998), Brum (2021), Craig (1947), Dussel (1993), Fanon (2008) Ferreira (1981), Jecupé (1998), Loureiro (2015), Mário Y. Monteiro (1998), Pizarro (2012), Pratt (1999), Neide Gondim (2007), Said (1995), Santiago (1978) Souza (2005), Spivak (2012) Tuan (2005) e outros. Ao examinarmos os contos em questão, torna-se evidente a maneira como a Amazônia foi colonizada e estereotipada pelo europeu, bem como como os povos indígenas foram simplificados sob o rótulo genérico de "índio" e desumanizados. Nos contos analisados, os indígenas são frequentemente representados como figuras que causam medo e assombro na Vila Murtinho e arredores. Esta pesquisa destaca a importância dos estudos pós-coloniais, que oferecem uma lente crítica para a literatura, permitindo-nos questionar o discurso do colonizador por meio da releitura, reinterpretação e reescrita das narrativas, com o objetivo de descolonizar o pensamento e, consequentemente, a própria literatura.2023-01-01T00:00:00ZA exploração da força de trabalho na obra Seringal, de Miguel Jeronymo FerranteBrasil, Jamyle Vanessa Costahttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/51292024-03-20T17:33:25Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: A exploração da força de trabalho na obra Seringal, de Miguel Jeronymo Ferrante
Autor(es): Brasil, Jamyle Vanessa Costa
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo estabelecer uma relação histórico-social com a Literatura. Para isso, foi escolhido o romance Seringal, de Miguel Jeronymo Ferrante (1972), ambientado no espaço amazônico. A obra traz em seu contexto questões relativas à Amazônia, e desse modo, apresenta um cenário de densa narrativa com situações peculiares que conduzem ao cotidiano do viver amazônico. Tudo isso a partir de uma perspectiva literária que relaciona o seringal e a exploração do trabalho como marcação na descrição dos personagens, observando os espaços propostos e a composição em que eles atuam na conjuntura da construção do romance histórico amazônico. Esta pesquisa possui um olhar que aponta para a contextualização de estudos pós-coloniais embasados no romance, cuja narrativa deixa claro que a exploração da força de trabalho possui vários aspectos que contribuem para a formação do homem amazônico. Com isso, desencadeia-se a preocupação em compreender a historiografia literária e a vida social e política do Noroeste da Amazônia, dando especial destaque às terras do Estado do Acre, em pleno período da borracha, quando a “Amazônia” se torna um fato histórico-cultural relacionado a aspectos geopolíticos, à modernidade e à decisão sobre fronteiras. Muitos escritores brasileiros foram, por circunstâncias diversas, convertidos em correspondentes nacionais, e em missões específicas utilizaram a escrita em novos gêneros e espaços, a fim de mapear novas impressões sobre o mundo e o Brasil, visto agora a partir do conhecimento da Amazônia. Daí a contribuição desta pesquisa diante da obra Seringal (1972), onde foi enfocada a exploração do trabalho na descrição amazônica de Miguel Jeronymo Ferrante.2023-01-01T00:00:00ZThe Impossible ride, de Louise Sutherland, a reescrita de marcadores culturais para a língua portuguesa à luz da tradução culturalSilva, Ronelson Campelohttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/51122024-03-11T13:44:49Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: The Impossible ride, de Louise Sutherland, a reescrita de marcadores culturais para a língua portuguesa à luz da tradução cultural
Autor(es): Silva, Ronelson Campelo
Resumo: Esta dissertação trata da análise comparativa entre a obra The Impossible Ride (1982), de Louise Sutherland, em língua inglesa, e sua tradução em língua portuguesa — realizada por Kátia Roque, intitulada Amazônia: a viagem quase impossível (1992). A partir disso, identificou-se os marcadores culturais presentes na obra, distinguindo-se na sequência as estratégias de tradução adotadas pela tradutora, considerando-se inclusive os paratextos que acompanham a obra traduzida, a exemplo das figuras e as notas de rodapé. Com esse encaminhamento, esta pesquisa objetiva analisar e descrever as estratégias de tradução escolhidas pela tradutora e apontar possíveis implicações culturais e políticas decorrentes da tradução dos referidos marcadores. Amparada pelos pressupostos da Tradução Cultural — perspectiva essa em que o tradutor é percebido como um negociador cultural —, a dissertação conta com suporte teórico de estudiosos da tradução, tais como André Lefevere (2007), Anthony Pym (2017), Edwin Gentzler (2009), Peter Burke (2003), Susan Bassnett (2005), dentre outros. Para as discussões acerca dos marcadores culturais, conta-se com os estudos de Francis Henrik Aubert (2003; 2006), as contribuições de Javier Franco Aixelá (2013) e João Azenha Júnior (1996). No que concerne às estratégias de tradução, a dissertação se fundamenta nas percepções teóricas, especialmente, de Lawrence Venuti (2019; 2021), no que diz respeito à relação existente entre traducão e aspectos culturais e políticos. Referente aos paratextos editoriais, as reflexões foram elaboradas a partir das ideias de Gérard Genette (2009). Os dados obtidos, por meio do cotejo dos marcadores selecionados, demonstram uma recorrência predominante do emprego da estratégia da domesticação no ato da traducão dos marcadores culturais. Diante disso, foi possível identificar aspectos éticos adotados por Roque, implicações culturais e políticas decorrentes de sua tarefa – tais como a valoração de culturas, a promoção de intercâmbio cultural –, a instigação de comportamentos relativos a ações políticas de preservação ambiental e fatores de caráter geopolíticos.2023-01-01T00:00:00ZRepresentação, polifonia, subalternidade no romance Torto arado (2019), de Itamar Vieira JuniorSilva, Rosane Ponteshttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/50862024-02-20T17:46:57Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Representação, polifonia, subalternidade no romance Torto arado (2019), de Itamar Vieira Junior
Autor(es): Silva, Rosane Pontes
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar o romance Torto arado (2019), escrito pelo brasileiro Itamar Vieira Junior, a fim de destacar as funções exercidas pelas três narradoras da obra, problematizando questões em torno da representação, da subalternidade e da polifonia. Nossa abordagem analítica está pautada, em especial, pela perspectiva temática dos Estudos Culturais, tendo como foco os estudos da subalternidadesobos pontos de vista de Hall, Mignolo, Rodriguez, Spivak, entre outros autores, buscando compreender o nível de consciência ou como sujeito subalternizado está representado pelas vozes delineadas no romance. Assim, valemo-nos de análises intertextuais, partindo do pressuposto de que, por mais que o romance concentre em si questões sociais, a obra literária é um mundo. Por fim, nossa perspectiva metodológica está vinculada às das correntes críticas, em especial, à da crítica imanente e à sociocrítica, destacando, sobretudo,o conceito de polifonia de Bakhtin, em vista de compreendero desenrolar narrativo por meio das configurações emitidas pelas três vozes presentes no discurso do livro em tela, bem como pelas questões do dialogismo, da inconclusão e da carnavalização, aspectos pertinentes à polifonia baktiniana. Espera-se com esta pesquisa demonstrar as concepções subalternas presentes no objeto de estudo, bem como o fluxo de consciência por meio do coral de vozes que regem o universo narrativo, no qual as personagens identificam seu status social e passam a atuar ativamente para modificá-lo.2023-01-01T00:00:00Z