DSpace Coleção:https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/8482023-10-25T18:50:45Z2023-10-25T18:50:45ZDistâncias doídas: a travessia das personagens na espacialidade da obra Já estavam no ventreBatista, Angélica Gomes de Araújohttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/48622023-10-24T21:08:58Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Distâncias doídas: a travessia das personagens na espacialidade da obra Já estavam no ventre
Autor(es): Batista, Angélica Gomes de Araújo
Resumo: A proposta desta dissertação consiste em analisar, na obra Já estavam no ventre da terra (2022), escrita por Daniel da Rocha Leite e ilustrada por Maciste Costa, a relação entre texto, imagem e os elementos composicionais empregados na espacialidade da narrativa, constituindo a travessia e revelando o itinerário das distâncias doídas. A problemática inicial será em torno dos questionamentos: como as linguagens verbal e visual materializam a travessia existente na espacialidade da obra Já estavam no ventre da terra? Quais recursos da materialidade contribuem na travessia presente na narrativa? Partimos da hipótese de que os elementos constituídos na espacialidade da obra, texto verbal e ilustração, tecem uma travessia com distâncias doídas percorrida pelas personagens no contexto ficcional. Para proporcionar o desempenho desse estudo, que tem por título Distâncias Doídas: A travessia das personagens na espacialidade da obra Já estavam no ventre da terra, seguimos metodologicamente pela pesquisa analítica de cunho bibliográfico. O aporte teórico empregado na análise fundamenta-se a partir das concepções de autores que abordam sobre os aspectos teóricos da literatura infantil e juvenil: Fanny Abramovich (1997), Nelly Coelho (2000), Teresa Colomer (2017), Marisa Gama-khalil (2020) e Regina Zilberman (2005). Para dialogarmos sobre a relação ilustração e texto verbal empregados na espacialidade do texto, convocamos Sophie Van der Linden (2018), Graça Ramos (2011), Cristiane Biazetto (2008), Odilon Moraes (2008) e Rui Barbosa (2008). A obra objeto desta pesquisa possui na composição estética elementos que corroboram para o itinerário da travessia e das personagens. É na espacialidade do texto literário que a travessia se revela. Na proa de um barco e com o mover das águas, o leitor percorrerá o misterioso, o místico e as distâncias doídas do contexto amazônico.2023-01-01T00:00:00ZA expressão do mal em Na Escuridão, amanhã, de Rogério PereiraAmim, José Maiko Fariashttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/48612023-10-24T21:04:28Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: A expressão do mal em Na Escuridão, amanhã, de Rogério Pereira
Autor(es): Amim, José Maiko Farias
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo geral investigar o modo como algumas imagens arquetípicas e símbolos provenientes das mitologias greco-latina e judaico-cristã são mobilizados por Rogério Pereira em Na Escuridão, Amanhã (2013) para expressar o Mal mediante o trato linguístico-temático e suas configurações simbólicas no espaço-tempo narrativo. Para alcançar o objetivo exposto, lançamos mão de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. Partimos dos contributos da teoria narratológica, sobretudo da corrente enriquecida na segunda metade do século XIX por teóricos como Joseph Campbell (1989) e E. M. Meletínski (2019); também dialogamos com os teóricos da narratologia estruturalista, como Gerárd Genette (2017) e Oscar Tacca (1983); além destes, estudamos as obras de Carl Jung (2016) e de Chevalier e Gheerbrant (2021), as quais nos ajudam a definir os conceitos de Arquétipo e Símbolo; Paul Diel (1991), que nos auxilia a compreender a simbologia na mitologia grega; Terry Eagleton (2022) e Mircea Eliade (2020), que nos ajudam a pensar a temática do Mal e a identificar sua expressão na narrativa; Gilbert Durand (2012), (2004), que nos auxilia a identificar as ressonâncias do mito no texto literário. Partindo da hipótese de que algumas imagens arquetípicas e símbolos presentes nas referidas tradições mitológicas, sendo eles: o Arquétipo Pai e os mitos de Urano, Cronos; de Caim e Abel e do Pecado Original; e o Arquétipo Mãe e os mitos da terra-mãe-terra (Gaia, Réia, Deméter e Perséfone), ganham uma renovada figuração na construção do espaço-tempo ficcional ao serem utilizadas como elementos estético-composicionais para a expressão do Mal, concluímos haver no corpus uma estrutura capilarizada em três camadas, a narrativa, a mítica e a interpretativa. Com a primeira acessamos as categorias de Tempo e Espaço a partir dos recursos narrativos propiciadores de reiterações, silenciamentos e ambiguidades; com a segunda adentramos um universo de motivos míticos e símbolos viabilizadores de interações interpretativas entre as respectivas tradições mitológicas e os recursos narrativos mobilizados; com a terceira camada interpretamos a expressão do Mal enquanto esvaziamento do discurso, consciência de culpa e movimento regressivo ao Caos. O Mal expresso é resultado das “lacunas” de uma obra aberta, dos mitos que lançam luz sobre as imagens utilizadas e da costura temática da culpa, enquanto herança hereditária do pecado, e do Caos, enquanto eterna repetição de gestos primitivos.2023-01-01T00:00:00ZTerra salgada entre águas e lágrimas: a morte e o pós-morte na obra A festa dos mortos, de João Pereira Loureiro JúniorTacaná, Carmela Ferreirahttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/48602023-10-24T20:59:19Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Terra salgada entre águas e lágrimas: a morte e o pós-morte na obra A festa dos mortos, de João Pereira Loureiro Júnior
Autor(es): Tacaná, Carmela Ferreira
Resumo: A presente investigação teve como práxis essencial analisar a morte e o pós-morte nos contos da obra A Festa dos Mortos (2012), de João Pereira Loureiro Júnior, a fim de demonstrar que em Terra Salgada há um sincretismo que sustenta a concepção de vida após a morte, por meio de visagens. A nossa pesquisa busca entender como o sincretismo que envolve a concepção de vida após a morte, por meio das visagens na obra A Festa dos Mortos (2012), contribui para a compreensão do pós-morte em Terra Salgada e como as visagens se relacionam com as águas salgadas do fictício local amazônico. Leva-se em conta que a morte é percebida pelos personagens de modo análogo aos referentes externos à obra, que
são as experiências vividas historicamente por povos amazônicos. Todos os contos da coletânea analisada se passam em uma região imaginária chamada de região do salgado, predominantemente na vila de Terra Salgada – espaço literário representativo da Amazônia paraense. A partir de uma perspectiva literária, observamos que nesse espaço ficcional, após a morte, há o pós-morte dos personagens, que se manifestam em forma de visagens. Estas permanecem em Terra Salgada, compartilhando espaços e experiências com os personagens vivos. Essas constatações desencadearam a necessidade de se refletir, ainda que de modo breve, sobre os sentidos da morte constatados a partir da religião católica, da
história das mentalidades, da antropologia e da sabedoria popular. Dessa maneira, dialogamos principalmente com autores como Philippe Ariès (1977, 1989), Marcos Teixeira (2002, 2009), Eduardo Galvão (1955), João de Jesus Paes Loureiro (2015), Raymundo Heraldo Maués (2005), Mariana Pettersen Soares (2013) e João V. Wawzyniak (2012). Para o embasamento metodológico e literário dialogou-se com
Antonio Candido (2006, 2011), Julio Cortázar (2006), entre outros pensadores. A nossa pesquisa é de cunho bibliográfico e abordagem qualitativa. Associamos ao material literário um conjunto de conhecimentos históricos e antropológicos que permitiram a compreensão da relação entre a morte e o pós-morte, no âmbito ficcional.
Descrição: Dissertação de mestrado - MESTRADO ACADÊMICO EM ESTUDOS LITERÁRIOS2023-01-01T00:00:00ZA violência vivida pelas personagens femininas nas narrativas de Arthur Engrácio em histórias de submundo e outras estórias de submundoConstancio, Maria Rita Rodrigueshttps://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/47122023-10-10T13:35:27Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: A violência vivida pelas personagens femininas nas narrativas de Arthur Engrácio em histórias de submundo e outras estórias de submundo
Autor(es): Constancio, Maria Rita Rodrigues
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar as personagens femininas submetidas a violência na literatura do autor Arthur Engrácio (1988), a partir da teoria feminista, de forma a refletir criticamente sobre o modo como a violência contra a mulher é trabalhada esteticamente em sua escrita. Dessa forma, tomamos como objeto de análise os contos: “A vingança”, “Cláudia” pertencentes às obras Histórias de Submundo (2005) e “A morte de Dinoralva”, “A história do anel”, e a novela “A toga manchada” (1988), que pertencem a obra Outras Estórias de Submundo (1988). As narrativas selecionadas tematizam com maior destaque a opressão sexista, assim como o drama de várias mulheres subjugadas ao poder masculino exercido por personagens que têm nos sujeitos históricos masculinos do século XX seus referentes exteriores. Observa-se que a literatura engraciana, ao mesmo tempo que porta enredos diversos, também comunga da presença marcante de personagens femininas submetidas à violência masculina, assim como do espaço da narrativa, cujo referente externo é a região amazônica. Tanto nos contos, como na novela, seja por questões econômicas e/ou de gênero, o poder e a violência são basilares, sendo representados nas narrativas pelo colonialismo, patriarcalismo e machismo, o que testemunha o obscurecimento da mente das personagens femininas. Estas parecem mimetizar esteticamente as mulheres que historicamente habitam a região amazônica, vítimas de condições de vida aviltantes, e os escritos se conduzem para visibilização de tais condições. Logo, pode-se afirmar que a discussão nuclear dos textos selecionados de Arthur Engrácio gira em torno do patriarcado masculino frente à invisibilidade e subjugação feminina. Para o desenvolvimento da análise proposta, dialogaremos com estudos referentes à teoria feminista produzidos pela autora bell hooks (2018, 2021) e o autor Albert Memmi (2007), que denunciam as estratégias de opressão, inibidoras da liberdade e discriminadoras da mulher; com os trabalhos das autoras Gayatri Chakravorty Spivak (2010), Angela Davis (2016) e Gerda Lerner (2019), que discutem acerca da subalternidade e a violência contra a mulher; com o trabalho crítico do sociólogo Boaventura de Souza Santos (2013). Regina Dalcastagnè (1996, 2005, 2012) é convidada ao diálogo para que, a partir de suas pesquisas, compreendamos como é raro encontrar narradoras nos textos de literatura; Ana Pizarro (2012), por sua vez, torna-se interlocutora deste trabalho na medida em que reflete e problematiza a invisibilidade cultural; e, por fim, também faremos uma conversa com aspectos da obra de Pierre Bourdieu (2021), que recria a dominação masculina, no que tange à condição feminina e à violência simbólica.2023-01-01T00:00:00Z