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https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/778
2024-03-29T11:02:05ZAnálise da vulnerabilidade natural e ambiental à erosão dos solos da Bacia hidrográfica do Rio Branco-RO
https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/5001
Título: Análise da vulnerabilidade natural e ambiental à erosão dos solos da Bacia hidrográfica do Rio Branco-RO
Autor(es): Paixão, Carolina Pereira Sathler
Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo a Bacia Hidrográfica do Rio Branco (BHRB), inserida no domínio morfoclimático amazônico, situada na bacia do rio Guaporé, na região sudoeste do estado de Rondônia. A pesquisa teve como objetivo geral analisar os índices de vulnerabilidade à erosão do solo da BHRB, para fins de planejamento e gestão ambiental. Como objetivos específicos, estabeleceu-se:
mapear o uso e cobertura atual da terra; identificar e mapear a vulnerabilidade natural e ambiental à erosão; caracterizar a relação entre a vulnerabilidade ambiental à erosão e os aspectos econômicos da região; comparar a espacialização da vulnerabilidade ambiental da BHRB com o planejamento e a classificação do Zoneamento Socioeconômico Ecológico do estado de Rondônia (ZSEE-RO). Para
espacializar os graus de vulnerabilidade natural e ambiental da bacia, recorreu-se ao método proposto por Crepani et al. (2001) e ao método Multicriterial Analystic Hierarchy Process, (AHP). A análise da vulnerabilidade foi ancorada na base de dados do RADAMBRASIL para os temas de geologia, pedologia e vegetação; PLANAFLORO, para o clima; MapBiomas, para o mapeamento do uso e cobertura da terra, utilizando-se a Coleção 6.0, referente ao ano de 2020. Os resultados sinalizam que: a) no mapeamento de uso e cobertura da terra, predominam áreas de vegetação natural (71%), com paisagens formadas, em maioria, por densa cobertura florestal; nas áreas antropizadas (28%), a pastagem é a principal cobertura; a pecuária é a principal atividade econômica da região, responsável
pela alteração da paisagem; b) no mapeamento da vulnerabilidade natural à erosão, constatou-se que 61,4% da BHRB encontram-se moderadamente estáveis; 30,48%, medianamente estáveis/vulneráveis; 6,38% apresentam moderada vulnerabilidade natural aos processos modeladores do relevo; as áreas com maior estabilidade contam com presença de vegetação nativa com maior densidade, superfícies
aplainadas e solos bem desenvolvidos; no mapeamento da vulnerabilidade ambiental a erosão, adicionando-se o elemento antrópico ao mapeamento da cobertura da superfície terrestre atual, a classe moderadamente estável diminuiu para 47,77%; as áreas medianamente estáveis/vulneráveis não sofreram grande alteração, ocupando 30,27%; a área moderadamente vulnerável aumentou para
21,95% da BHRB. A partir da análise sistêmica da paisagem, observou-se que a mudança na cobertura da terra foi o fator dominante que afetou a vulnerabilidade à erosão do solo. Portanto, as áreas protegidas que compõem a BHRB são essenciais para a conservação das paisagens naturais, capazes de garantir maior estabilização morfodinâmica. A partir dessa análise, concluiu-se as áreas que não tiveram seu uso protegido sofreram alteração da cobertura vegetal, em decorrência do intenso processo de ocupação, aliado à exploração e às atividades econômicas; o ZSEE-RO e as UCs foram primordiais para a conservação das paisagens naturais e influenciaram diretamente na diminuição de áreas vulneráveis a processos erosivos. Esses instrumentos conseguiram restringir, na maioria do território da BRHB, os usos das áreas com maior instabilidade morfodinâmica, as quais poderiam ter a
vulnerabilidade potencializada nos processos de ocupação territorial e exploração econômica.2023-01-01T00:00:00ZO complexo hidrelétrico do Rio Madeira: desterritorialização, reterritorialização e a temporalidade dos impactos em Vila do Teotônio/Brasil e Cachuela Esperanza/Bolívia
https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4948
Título: O complexo hidrelétrico do Rio Madeira: desterritorialização, reterritorialização e a temporalidade dos impactos em Vila do Teotônio/Brasil e Cachuela Esperanza/Bolívia
Autor(es): Araújo, Girlany Valéria Lima da Silva
Resumo: A Pan-Amazônia tornou-se o foco da instalação de Usinas Hidrelétricas - UHEs, contudo ao longo dos rios da região, há uma concentração de comunidades ribeirinhas cuja forma de organização e identidades territoriais estão relacionadas a estes rios, onde as atividades a eles vinculadas, a exemplo da pesca, constituem-se o elemento vital da subsistência e renda, assim a construção de UHEs nas áreas onde essas comunidades residem representa uma ameaça a desterritorialização. Os impactos hidrelétricos são aqui analisados a partir da temporalidade em que ocorrem, ou seja, antes (especulativos), durante (imediatos) e depois (processuais) da instalação das obras. Elegeu-se duas comunidades que vivenciam os impactos do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira em temporalidades distintas, a primeira é Vila do Teotônio, localizada à margem da Cachoeira do Teotônio no Rio Madeira a 27 km de Porto Velho/Rondônia/Brasil, uma antiga colônia de pescadores, desterritorializada pela UHE Santo Antônio e reassentada em Vila Nova de Teotônio; a segunda é Cachuela Esperanza, localizada à margem da cachoeira de mesmo nome, no Rio Beni, distante 44 km de Guayaramerín, no departamento de Beni/Província Vaca Díez/Bolívia, uma comunidade que possui uma associação de pescadores, e que está sobre a área de influência da UHE Cachuela Esperanza na iminência de ser desterritorializada. O objetivo desta tese é analisar os processos de desterritorialização e reterritorialização das comunidades de Vila do Teotônio/Brasil e Cachuela Esperanza/Bolívia, considerando a temporalidade dos impactos ocasionados pelas hidrelétricas de Santo Antônio/Rio Madeira e Cachuela Esperanza/Rio Beni. A metodologia consistiu em: (I) Pesquisa bibliográfica e documental; (II) Trabalho de campo nas comunidades analisadas; III) Sistematização e análise dos dados coletados. Verificou-se que Vila do Teotônio vivenciou os impactos especulativos imediatos e, atualmente, passa pelos impactos processuais da UHE Santo Antônio, a pesca que era o elemento vital de organização da comunidade foi comprometida e criminalizada, cuja desterritorialização forçada ocasionou uma ruptura no padrão de organização e descaracterizou a identidade territorial, uma vez que os elementos vitais para a obtenção de subsistência e renda local não foram preservados e restabelecidos no reassentamento impossibilitando a reterritorialização, dando início ao esvaziamento das áreas de reassentamento. Os impactos identificados em Vila do Teotônio possibilitam vislumbrar os indícios de como repercutirá a instalação da UHE em Cachuela Esperanza, uma vez que possuem suas identidades territoriais semelhantes. Enquanto que Cachuela Esperanza há anos vivencia os impactos especulativos da UHE, na localidade há expectativas negativas para a construção da hidrelétrica, que está relacionada à preocupação com o comprometimento da pesca, no entanto, a instalação da obra ainda soa como uma esperança de desenvolvimento ao local, semelhante ao vivenciado no auge econômico da exportação da borracha boliviana, por estar localizada em área de potencial hídrico abundante, mas se encontra em uma região remota e marginalizada da Amazônia. As comunidades em análise são territórios ameaçados, ao estar sobre a área de influência de UHEs, que são acionadas para suprir a lógica global/nacional e funcionam como provedoras de recursos hídricos para a geração de energia elétrica.2022-01-01T00:00:00ZRezas e plantas que curam - a cultura das benzedeiras
https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4909
Título: Rezas e plantas que curam - a cultura das benzedeiras
Autor(es): Pimentel, Julia Gessica da Silva Oliveira
Resumo: As práticas de saúde ditas como tradicionais pela sociedade moderna têm como protagonistas raizeiros, benzedeiros, curandeiros, centros espíritas, pais e mães de santos, pajés urbanos, catimbozeiros, entre outros. As dimensões geográficas dos saberes e práticas populares de cuidado em saúde e a relação entre modernidade e tradição e suas dicotomias foram observadas a partir das benzedeiras/ores que utilizam a reza como ferramenta terapêutica no processo de cura das enfermidades. Diante disso, o estudo trata de uma análise da construção cultural do benzimento e suas práticas envolvendo o saber das rezas, assim como a utilização de plantas medicinais pelas benzedeiras e benzedores, buscando a compreensão do processo de resistência desses saberes. Com a pesquisa, foi possível entender como estão inseridas as benzedeiras e os benzedores na sociedade atual e percebê-los perceber como elementos de resistência de uma cultura, frente ao avanço da sociedade moderna e de novas teologias e ideologias. Todas as percepções buscadas pela proposta da pesquisa foram possíveis através do método fenomenológico, que possibilita a compreensão de fenômenos como o emprego de rituais para cura de enfermidades que apresentam alterações fisiológicas no organismo e que não é possível detectar pelos os estudos fisiopatológicos desenvolvidos pela medicina contemporânea. Para isso, um diálogo estabelecido entre os praticantes do benzimento e a pesquisadora, por meio da metodologia da história oral, possibilitou levantar os dados para compreender a questão norteadora da então pesquisa. O trabalho de campo, possível de ser realizado ainda em período pandêmico com todas as restrições, permitiu perceber a sacralização envolvida em todo ritual do benzimento e no preparo das plantas medicinais com intuito de cura e observar que os pequenos detalhes para os praticantes fazem uma enorme diferença no processo de cura. A resistência delas se deu ao anonimato e a permanência de suas práticas sem muita divulgação. Esse modo de se resguardar foi, inclusive, um desafio no desenvolver da pesquisa, pois houve extrema dificuldade de localizar as benzedeiras.2022-01-01T00:00:00ZArte, literatura e lugar sob a perspectiva indígena
https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4870
Título: Arte, literatura e lugar sob a perspectiva indígena
Autor(es): Silva, Fredson Antônio Souza da
Resumo: A dissertação apresenta os estudos da Arte, da Literatura e Geografia Humanista como forma de proporcionar novas interpretações sobre o lugar no contexto dos povos macuxi e yanomami. O contexto que vivem atualmente o povo macuxi e o yanomami – disputas territoriais, invasões garimpeiras, assassinatos – requer uma abordagem incisiva sobre esta realidade. A parte da Arte (Arte Visual) consideramos interpretar e discutir sob o viés da geografia humanista pinturas de artistas macuxi a fim de demonstrar como essas obras refletem o cotidiano, o modo de vida deste povo. Na parte literária, analisamos o livro A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. A Geografia e a Literatura apresentam relações históricas que se popularizam desde meados dos anos 1970, desta maneira temos como teóricos Marandola Jr (2010), Yi-Fu Tuan (1980, 2013, 2005), Júlio Suzuki (2017), Ottati; Venerotti (2016), Marinho (2016). Para a literatura indígena, temos Dorrico (2018, 2020), Munduruku (2018, 2020), Esbell (2020), Terena (2020), Kambeba (2020) discutindo quanto a evolução, trajetória e objetivo das obras de autoria indígenas. Para análises das pinturas utilizamos principalmente Esbell (2018) e Yi-Fu Tuan (2013). Na questão de método, colocamos à disposição a fenomenologia de Tuan (1980) onde vai discorrendo sobre a ligação do homem com meio físico, com o espaço. Na metodologia, apresentamos a pesquisa bibliográfica. A dissertação tem como resultado a “descoberta” de sentimentos, de memórias, de histórias, de medos de um povo: o indígena, mais especificamente os povos macuxi e yanomami. No livro de Davi Kopenawa temos a identificação e discussão de lugar, o subjetivismo do narrador que relata a história de seu povo enquanto cresce cada vez mais o contato com não indígenas. Além disso, podemos observar as mudanças ao longo do tempo e do espaço que tanto Davi quanto a sua comunidade passara. Ressaltamos que o livro narra histórias reais e que as interpretações são baseadas puramente no livro. Nas considerações temos a apresentação de nossa visão sobre o trabalho e sugestões de uso desta dissertação.2022-01-01T00:00:00Z