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Título: Avaliação da segurança em terapia transfusional nas unidades de terapia intensiva pediátrica e adulta do Hospital de Base Ary Pinheiro em Porto Velho/Rondônia: subsídios para um programa de treinamento em segurança transfusional e no uso racional de hemocomponentes
Autor(es): Negraes, Ricardo Torres
Palavras-chave: Medicina transfusional
Erros em terapia transfusional
Segurança transfusional educação em hemoterapia
Reação transfusional
Hemovigilância
Data do documento: 2014
Citação: Negraes, R. T. Avaliação da segurança em terapia transfusional nas unidades de terapia intensiva pediátrica e adulta do Hospital de Base Ary Pinheiro em Porto Velho/Rondônia: subsídios para um programa de treinamento em segurança transfusional e no uso racional de hemocomponentes. 2014. 114f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde) - Programa de Pós- Graduação em Ensino em Ciências da Saúde (MPECS), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2014.
Resumo: A transfusão de sangue pode salvar vidas, melhorar a saúde e em muitas situações clínicas e cirúrgicas, é a única terapia disponível e também insubstituível. Mesmo que o hemocentro colete sangue de qualidade do doador e não tenha falhas nos processo de liberação da bolsa, o seu uso pode desencadear eventos adversos inerentes ao ato transfusional ou desencadeados por falhas técnicas, erros durante o processo de coleta da amostra e infusão da bolsa. Ainda hoje, uma grande parcela da população mundial não tem acesso a sangue seguro, fazendo com que a própria legislação afirme que toda transfusão de sangue é de risco e assim deve ser criteriosamente indicada, apenas quando os reais benefícios superarem os inúmeros riscos. Este estudo observacional investigou os procedimentos de coleta e infusão com ênfase na segurança transfusional e estudou as indicações de sangue nas unidades de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Base Ary Pinheiro, maior unidade hospitalar terciária de Porto Velho/Rondônia. Para este estudo foram usados vários instrumentos de coleta de dados: questionários aplicados a médicos e enfermeiros, com perguntas pertinentes sobre a segurança transfusional, formuladas a partir de conceitos presentes nos manuais do Ministério da Saúde; simulações de casos, realizadas com a enfermagem, de três situações cotidianas, para avaliar na prática a coleta e infusão do hemocomponente, em ambiente controlado pelo pesquisador e ainda houve a análise das requisições de sangue e prontuários de pacientes, para avaliação se havia conformidade das indicações, do preenchimento destas e dos tubos de coleta de amostras com as recomendações presentes na legislação. Nas simulações realizadas com 67 profissionais foi observado que 76,1% (51/67) dos profissionais não realizaram a identificação adequada do paciente durante a coleta de amostra e 80,5% (54/67) dos participantes não checaram e conferiram os dados da etiqueta da bolsa de sangue com a identificação do paciente antes da infusão e ainda que 28,3% (19/67) dos participantes não souberam agir ou não realizaram a conduta adequada durante uma reação transfusional. Das 336 requisições de sangue avaliadas foi observado que 58,9% (198/336) destas não continham todos os dados mínimos de identificação preenchidos e 40% das etiquetas dos tubos com amostras estavam mal identificados. Com relação à indicação foi observado que 20,1% (41/203) das indicações de concentrado de hemácias foram classificadas como sem indicação e 41,3% (84/203) das transfusões classificadas como com indicação adequada mas com dose exagerada. Em relação aos pedidos de plasma e plaquetas, 50,6% (37/73) e 23,2% (10/43) destes respectivamente foram classificados como sem indicação. O dados apresentados demonstram que todas as etapas estudadas envolvidas com a transfusão de sangue nas UTI, não relacionadas a produção e liberação das bolsas pelo hemocentro, estão comprometidas e com problemas graves a serem resolvidos. Faz-se urgente desenvolver estratégias e atividades educativas de forma continuada, criação de um sistema de hemovigilância pelo Comitê transfusional da unidade, formulação de material expositivo e confecção de protocolos próprios que devem estar presentes nas unidades: procedimento operacional padrão (POP), check-list de infusão e coleta e manuais para reduzir os riscos a segurança hemoterápica.
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ensino em Ciências da Saúde (MPECS), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título de Mestre em Ensino em Ciências da Saúde. Orientador(a): Profª. Drª. Rubiani de Cassia Pagotto.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1344
Aparece nas coleções:Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde (Dissertações)

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