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Título: Caracterização do dossel forrageiro e do sombreamento em sistema de integração lavoura-pecuária floresta (ILPF) em Porto Velho, Rondônia
Autor(es): Paula, Nislene Molina Guerreiro e
Palavras-chave: Brachiaria spp
Eucalyptus spp
Sistemas integrados
Pecuária
Data do documento: 2017
Citação: PAULA, N. M. G. e. Caracterização do dossel forrageiro e do sombreamento em sistema de integração lavoura-pecuária floresta (ILPF) em Porto Velho, Rondônia. 2017. 55 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PGDRA), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2017.
Resumo: Os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) são considerados alternativas para a recuperação de áreas de pastagens degradadas. No entanto, para que a pastagem seja manejada adequadamente deve-se observar a tolerância das forragens ao sombreamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características do dossel forrageiro e do sombreamento pelo componente arbóreo em sistemas de integração lavoura-pecuária floresta (ILPF). O experimento foi conduzido no campo experimental da Embrapa Rondônia em Porto Velho-RO de junho a novembro de 2016. A área total de 10 ha foi dividida em duas de 5 ha para cada tratamento (ILP e ILPF). Em cada área a pastagem formada com Urochloa brizantha cv. Xaraés foi subdivida em quatro piquetes de 1,25 ha e manejadas com lotação intermitente (10 dias de ocupação e 30 de descanso). A taxa de lotação ao final do experimento foi de 0,86 e 0,83 UA/ha no ILP E ILPF, respectivamente. Na área de ILPF dois clones de eucalipto (VM01 e GG100) foram plantados em março de 2013 em sete renques. Em cada renque as árvores foram plantadas em quatro linhas utilizando dois espaçamentos de 3,5 x 2,5m e 3,5 x 3,0m. No início do experimento, as árvores apresentavam, em média, diâmetro na altura do peito (DAP) de 11,9 cm, altura total de 13,8 m e cobertura de copa de 65%. As variáveis analisadas foram: produção de matéria seca (PMS, kg/ha) e altura do pasto (AP, cm), relação folha/colmo, Índice de clorofila a (ICFa), b (ICFb) e total (ICF), Índice de Área Foliar (IAF) e ângulo foliar. Na avaliação do dossel forrageiro, utilizou-se uma moldura de 1 m2 lançada em dez pontos aleatoriamente, onde mediu-se a AP com régua graduada, o IC foi obtido pela média de dez leituras realizadas com medidor portátil da Falker® e a PMS foi obtida pelo corte e pesagem do capim. As leituras da interceptação luminosa foram feitas em ambos sistemas com o analisador de dossel LI-COR-LAI 2000 (Lincoln, NE, EUA). Na área de ILPF, também foi utilizado o Luxímetro portátil digital (Instrutemp ITLD880) e as leituras foram realizadas de manhã e à tarde em pontos equidistantes 30m um do outro distribuídos ao longo dos renques. Foram tomados seis pontos representativos por renque, totalizando 12 leituras (6 a pleno sol e 6 na sombra). As leituras com os dois equipamentos foram feitas simultaneamente. O sombreamento foi estimado pela diferença entre a interceptação luminosa sob a sombra do eucalipto e a pleno sol. Os dados dos parâmetros de dossel forrageiro foram submetidos à análise de variância considerando o delineamento em blocos ao acaso (DBC) pelo método da máxima verossimilhança restrita (RELM) utilizando o procedimento Mixed do SAS, sendo a comparação das médias feita pelo teste Tukey-Kramer a 5% de probabilidade. Os dados da avaliação do sombreamento foram submetidos à análise de variância independente no programa SISVAR dentro de delineamento inteiramente casualizado (DIC) em fatorial 2x2 (2 espaçamentos e 2 tipos de medição). A PMS e de AP foram maiores no sistema ILP (4,42 t/ha 83,13 cm, respectivamente) em relação ao ILPF (2,92 t/ha e 68,57 cm, respectivamente). Entre os períodos pré e pós pastejo observou-se redução na % de MS de folhas (63,61±1,71 x 50,05±1,70, respectivamente), aumento na % de MS de colmo (30,30±1,35 x 38,70±1,35, respectivamente) e de material morto (6,04±0,81 x 11,18±0,81, respectivamente). Entre os sistemas, observou-se maior % de MS de colmo no ILP (36,83±1,35) em relação ao ILPF (32,17±1,35), com consequente menor média de relação folha/colmo no sistema ILP (1,72) em relação ao ILPF (2,06). As maiores médias do índice de clorofila a (ICFa), b (ICFb) e total (ICF) foram observadas no capim sombreado (316,77; 82,79 e 400,52, respectivamente) em relação ao capim a pleno sol (295,18; 58,16 e 354,25, respectivamente). As médias de IAF encontradas para ILP e ILPF, não houve diferenças (2,80 x 2,58), porém, para a variável interceptação luminosa, foi verificada a menor média no sistema ILPF (81,89) e a maior no ILP (88,86). Para o ângulo foliar não houve diferença entre sistemas e nem entre os períodos de pastejo. A interceptação luminosa no ILPF, medida tanto pelo LAI quanto pelo Luxímetro, não foi diferente entre os espaçamentos, sendo as médias 8 observadas nos espaçamentos 3,5x2,0m de 60,67 e 60,17 %, com LAI; e Luxímetro no 3,5x3,0m de 74,74 e 73,22%, respectivamente. Porém, entre aparelhos houve diferenças, sendo maior para o Luxímetro. Não foram observadas diferenças entre clones quando a interceptação luminosa foi medida com o LAI. Houve diferença na interceptação luminosa entre os clones apenas quando medida com o luxímetro, sendo a maior média observada para o VM01 (78,78%) em relação ao GG100 (69,18%). O capim-xaraés apresenta maior produtividade e proporção de colmo quando cultivado e manejado a pleno sol. Porém, seu índice de clorofila foliar é maior sob o sombreamento do eucalipto. E o sombreamento proporcionado pelo clone de eucalipto VM01 é maior do que pelo GG100.
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PGDRA), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Orientador(a): Profª Drª. Ana Karina Dias Salman.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1833
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