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Título: Maternidade e subjetividade feminina no cuidado à pessoa com esquizofrenia: um estudo junguiano
Autor(es): Pereira, Daniella de Souza e
Palavras-chave: Maternidade
Subjetividade feminina
Dinâmica familiar
Esquizofrenia
CAPS
Psicologia analítica
Data do documento: 2011
Citação: PEREIRA, D. de S. e. Maternidade e subjetividade feminina no cuidado à pessoa com esquizofrenia: um estudo junguiano. 2011. 261f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)- Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2011.
Resumo: Com a implantação da reforma psiquiátrica, os familiares passaram a ser os principais cuidadores das pessoas com transtorno mental esquizofrênico. Enquanto transtorno que afeta o social dos sujeitos e impossibilita a realização de algumas atividades básicas, finda por produzir muitas vezes isolamento e sobrecarga emocional nos familiares. Sendo os familiares de usuários dos Centros de Atenção Psicossocial, importantes protagonistas da reforma psiquiátrica, que necessitam de suporte para a realização do papel determinado pela nova política de saúde mental. E por ser a mãe a principal cuidadora das pessoas com esquizofrenia, esta pesquisa objetiva identificar e refletir sobre aspectos da maternidade e da subjetividade feminina envolvidos na dinâmica familiar a partir do diagnóstico em esquizofrenia do filho. A abordagem é qualitativa, a modalidade é o estudo de caso e o aporte teórico a psicologia analítica proposta pelo psiquiatra Carl Gustav Jung que formulou uma perspectiva de análise fundamentada no símbolo e no arquétipo. A partir da análise da narrativa de uma mãe, observou-se que a sensação de incapacidade de cuidar do filho faz com que ela assuma o discurso médico em detrimento de sua própria experiência com o filho. Tendo uma referência pessoal da esquizofrenia, a mãe vê o filho como alguém que perdeu a noção de vida, incapaz de viver sozinho e sem a sua ajuda. Uma peregrinação foi necessária até encontrar um local de atendimento onde recebesse a atenção desejada, vislumbrando no CAPS um importante apoiador no cuidado ao filho. Entender a dinâmica psicológica destas famílias é crucial no sentido de ancorar as ações dos profissionais de saúde. A família apresentada pela entrevistada tem relações distanciadas que se agravaram após o adoecimento do filho. Os relatos de violências sofridas, de segredos, de rejeições e de mortes reais e simbólicas, que alimentam a sombra familiar, sugerem as implicações que estes fatos tiveram nas relações familiares. A mulher que revive o complexo materno na vivência da maternidade, no cuidado com a pessoa com esquizofrenia lida com conteúdos pessoais e arquetípicos que necessitam de um espaço de acolhimento e ressignificação das dores. Seria função de o CAPS possibilitar este espaço? Apoiadas em Jung e Nise da Silveira as técnicas expressivas surgem como um importante mediador no atendimento aos familiares, proporcionando a elaboração de situações dolorosas e de difícil acesso. No cuidado a estas pessoas, como elementos que se entrecruzaram temos a mulher-mãe, a esquizofrenia e o CAPS/profissionais de saúde, que vivenciam juntos esta realidade que potencialmente pode ser transformadora para todos, desde que estejam conscientes de sua condição de parceira e disponíveis para viver seu processo de individuação.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Psicologia. Orientador: Profª Dra Melissa Andréa Vieira de Medeiros.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1998
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