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Título: Avaliação da atividade antileishmania de micropartículas biodegradáveis contendo uma subfração do Eluato Hexânico da entrecasca de Maytenus guianensis Klotzsch Ex Reissek (CLASTRACEAE).
Autor(es): Macedo, Sharon Rose Aragão
Palavras-chave: Leishmania amazonensis
Leishmaniose Cutânea
Maytenus guianensis
Triterpeno
Micropartículas de PLGA
Data do documento: 2017
Citação: MACEDO, S. R. A. Avaliação da atividade antileishmania de micropartículas biodegradáveis contendo uma subfração do Eluato Hexânico da entrecasca de Maytenus guianensis Klotzsch Ex Reissek (CLASTRACEAE). 2017. 94f. Tese (Doutorado em Biologia Experimental) - Programa de Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental (PGBIOEXP), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2017.
Resumo: As leishmanioses são causadas por protozoários do gênero Leishmania spp. e encontram-se entre as doenças infectoparasitárias de maior incidência no mundo. Os fármacos utilizados no tratamento podem apresentar elevada toxicidade e efeitos colaterais/adversos. Visando à prospecção de novos fármacos, vários trabalhos têm descrito compostos isolados de espécies vegetais do gênero Maytenus com potencial atividade antiparasitária. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar in vitro e in vivo a atividade antileishmania da subfração do Eluato Hexânico da Entrecasca de Maytenus guianensis (SFEHEC) incorporada em micropartículas de PLGA (ácido poli-lático co-glicólico). As micropartículas foram produzidas em dois lotes diferentes: um contendo a SFEHEC (PSFEHEC) e outro contendo apenas o polímero de PLGA (PCTE). As micropartículas foram caracterizadas quanto ao diâmetro, potencial Zeta, taxa de encapsulamento e morfologia. A citotoxicidade (24 e 48 hs) da SFEHEC em solução e encapsulada foi avaliada contra as promastigotas de L. amazonensis e também contra macrófagos da linhagem J774. No ensaio de infecção (24 e 48 hs) utilizou-se macrófagos peritoneais e dosagens de citocinas foram realizadas a partir do sobrenadante desse ensaio. Os grupos experimentais de camundongos BALB/C infectados com 1x105 promastigotas na pata posterior direita, foram tratados intraperitonealmente durante 15 dias, posteriormente foram eutanasiados e várias análises foram realizadas (dosagens de citocinas, nitritos e análise histopatológica). Os resultados de diâmetros e potencial zeta dos dois lotes de micropartículas foram: 4 μm e -11,6 mV (PCTE) e 7,8 μm e -26,7 mV (PSFEHEC). A taxa de encapsulamento foi de 13% e as micropartículas apresentaram morfologia esférica e superfície homogênea. A inibição do crescimento em 50% (IC50) de L. amazonensis frente à SFEHEC em solução foi de 2,1 μg/mL (24 hs) e 0,71 μg/mL (48 hs) e a CC50 (Concentração Citotóxica 50%) dos macrófagos J774 foi de 9,8 μg/mL (24 hs) e 5,1 μg/mL (48 hs). No ensaio de infecção in vitro, a SFEHEC encapsulada inibiu as amastigotas em 70% (24 hs) e 59% (48 hs) e induziu a produção de 200 pg/mL de IL-12 e 24 pg/mL de TNF-α. Após o tratamento in vivo com a SFEHEC em solução e encapsulada, o diâmetro das lesões reduziu 3 mm e a parasitemia foi estabilizada nas lesões de pata e reduzida em 50% nos linfonodos, comparada ao grupo controle (PBS). No ensaio da quantificação da parasitemia, o grupo tratado com as PSFEHEC produziu 450 pg/mL de IL-12, 17 pg/mL de TNF-α e 18 μM de nitrito no linfonodo e 160 pg/mL de IL-12, 60 pg/mL de TNF-α e 15 μM de nitrito na lesão da pata. Os órgãos do grupo tratado com o Glucantime® apresentaram alterações teciduais enquanto o grupo tratado com a SFEHEC encapsulada não apresentou alterações histopatológicas. Quando encapsulada, a SFEHEC manteve sua atividade antileishmania, porém de forma mais atenuada e sustentada ao longo do tempo, sugerindo que as micropartículas desenvolvidas apresentam um potencial sistema de liberação modificada para posterior entrega intracelular da SFEHEC no combate às formas amastigotas, contribuindo assim para o estabelecimento de uma terapia complementar ou alternativa ao tratamento da leishmaniose.
Descrição: Tese apresentada ao Programa de Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental (PGBIOEXP), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título de Doutor em Biologia Experimental. Orientador(a): Prof. Dr. Roberto Nicolete.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2451
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