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Título: Levantamento das concentrações de mercúrio em aves aquáticas da bacia do Rio Madeira, Amazônia Ocidental
Autor(es): Santos, Ângela Neta Dias dos
Palavras-chave: Aves aquáticas
Mercúrio
Metilmercúrio
Amazônia
Data do documento: 2018
Citação: SANTOS, A. N. D. dos. Levantamento das concentrações de mercúrio em aves aquáticas da bacia do Rio Madeira, Amazônia Ocidental. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em desenvolvimento regional e meio ambiente. Fundação Universidade Federal de Rondônia, 2018. 85f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PGDRA), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2018.
Resumo: O mercúrio (Hg), na sua forma química mais tóxica, a metilada, é facilmente bioacumulada e biomagnificada por organismos aquáticos por meio da exposição trófica. No século passado, o rio Madeira sofreu intenso lançamento de Hg (fase metálica) para o meio ambiente, no processo de garimpagem do ouro. Mesmo com a redução desta atividade, concentrações de Hg no meio aquático continuam se mantendo. As aves, por ocuparem posição trófica elevada, têm sido utilizadas como sentinelas da contaminação ambiental por Hg. Este estudo teve como objetivo determinar se as concentrações de Hg entre as diferentes espécies de aves variam conforme seus hábitos alimentares, sexo e idade. Neste estudo foi encontrado uma colônia de aves aquática localizado em uma comunidade ribeirinha no município de Humaitá/AM ao qual foi determinado como a área de estudo. Foram coletadas amostras de penas e tecidos internos das espécies E. thulla, A. cocoi, A. alba, C. cochlearius, N. brasilianus, A. anhinga, C. atratus, P. simplex e o C. rupestres. Todos os tecidos coletados (músculo, fígado, rim, pulmão, coração, cérebro, sangue e penas) foram previamente preparados no laboratório para a determinação de Hg total (HgT), apenas as amostras de penas foram quantificadas também para metil-mercúrio (MeHg). A P. simplex foi a que apresentou a maior média da concentração de HgT nas penas (12,810 mg.kg-1). O C. atratus, apresentou a segunda maior média de HgT nas penas (9,933 mg.kg-1). Dentre as espécies dos Ardeídeos, o C. cochlearius foi a que apresentou maior média na concentração de HgT (4,930 mg.kg-1). A A. cocoi foi a segunda maior média da concentração de mercúrio nas penas (4,036 mg.kg-1), seguida da E. thulla (3,943 mg.kg-1) e A. alba (3,813 mg.kg-1). As espécies A. anhinga e o N. brasilianus, apresentaram médias de 3,690 mg.kg-1 e 2,915 mg.kg-1, respectivamente. Por último, com a menor média de HgT nas penas ficou o C. rupestres, com média 0,898 mg/kg. A ampla variação nas concentrações de mercúrio em aves está associada, principalmente às diferenças nas dietas das espécies e na estratégia de forrageamento. Quando comparamos a porcentagem de MeHg presente nas penas das espécies, observamos que houve elevada diferença significativa entre o C. atratos e a A. alba. Assim, como também entre as espécies A. cocoi e A. alba. Já a espécie E. thulla, apresentou diferença significativa baixa para as espécies N. brasilianus, C. atratus, A. cocoi e A. anhinga. Esta diferença também ocorreu entre as espécies N. brasilianus e A. alba. Nas demais espécies, não houve diferença significativa. Como o esperado, a pena apresentou maior média da concentração de HgT (5,078 mg.kg-1). O fígado, em comparação com os demais tecidos internos, foi o que apresentou maior concentração de HgT (0,757 mg.kg-1). Na sequência, o rim teve a terceira maior média nas concentrações de HgT (0,382 mg.kg-1). O pulmão teve média de 0,339 mg.kg-1 e o coração 0,299 mg.kg-1. Já para o músculo foi 0,235 mg.kg-1. O sangue apresentou média de 0,229 mg.kg-1 e o cérebro de 0,118 mg.kg-1. Com relação à idade, neste estudo não houve diferença com relação aos jovens e adultos para os níveis de concentrações de HgT e MeHg. Porém, quando comparamos com relação à porcentagem de MeHg que estes indivíduos estão eliminando por meio das penas, observamos uma diferença significativa entre estes grupos, indicando que os indivíduos adultos estão eliminando maior concentração de MeHg pelas penas. Contudo, este estudo mostrou que os indivíduos que ocupam nível trófico mais elevado, estão sujeitos à maior exposição à contaminação por Hg via alimentar. Desta forma, as aves aquáticas são consideradas boas indicadoras de contaminação ambiental por mercúrio. Além disso, as penas e o sangue podem ser consideradas boas matrizes para a determinação de mercúrio no ambiente, pois, ambas se tratam de metodologias que não necessita sacrificar o animal para a coleta de amostras.
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PGDRA), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Orientador(a): Prof. Dr.Wanderley Rodrigues Bastos
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2574
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (Dissertações)

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