A arte nos/dos olhares e dizeres dos seres enlaçados pelo PIBID

Abstract

Vivemos em um mundo onde se corre contra o tempo, numa constante busca pelas insatisfações, o almejo parece nunca ser alcançado. Não há tempo para si, faltam horas nos relógios, falta vivacidade nas pessoas. Num cenário marcado pelo capitalismo exacerbado, em um acirrado e concorrido mercado de trabalho que aprisiona as pessoas na luta pela sobrevivência, a essência dos seres está à beira da extinção. Nas escolas, faz-se alusão às experiênciações, registros e observações nos anos iniciais do ensino fundamental, primeiro ciclo da educação básica em que crianças são privadas de travessuras e travessias, oportunidades significativas de conhecimentos. Essas oportunidades são consideradas pelos PCNs primordiais para a estruturação de si, proporcionando ampliação da sensibilidade, percepção, reflexão, imaginação em diferentes experiências, além do contato direto com um universo paralelo, surreal, um mundo imaginário, onde existe espaço para permitir-se, para experimentar, para degustar os momentos sem hora marcada, sem pressa, sem tempo “cronosmetrado”. Lugar esse que pode até ser invisível aos olhos, mas é perceptível aos sentidos e emoções; sentimentos e emoções esses que levam a novas visões de mundo, amores, cores e sabores... De encontro com essa realidade, a escrita/ensaio em foco propõe uma reflexão do olhar na contemporaneidade do contexto educacional, com o objetivo de refletir sobre os dizeres disparados no encontro com a arte, como em uma metamorfose do ensino da arte nas escolas, a partir das vivências da autora oportunizadas pelo PIBID-Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, Subprojeto de Pedagogia da UNIR-Fundação Universidade Federal de Rondônia, campus Rolim de Moura - RO, em uma escola estadual do município. Para tal, far-se-á uso de teóricos como Masschelein (2008); Barbosa (1991; 2006), dentre outros. Uma arte “pobre” no sentido de educar o olhar, um fazer artístico que atravesse, afete os seres num devir-arte para além dos muros, das fôrmas, formas e qualquer tecnicismo que suprima o fazer artístico a lápis/tinta, papel/tela, ao invés de dar asas à criatividade, expressão, manifestação de si, manifestações essencialmente humanas. Possíveis dentro e fora dos espaços escolares.