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Título: A educação infantil como extensão do lar: feminização e precarização do trabalho docente nas creches de Rolim de Moura, RO.
Autor(es): Pereira, Lucilene
Palavras-chave: Feminização do magistério.
Creches.
Precarização do trabalho docente.
Data do documento: 2016
Citação: PEREIRA, L. A educação infantil como extensão do lar: feminização e precarização do trabalho docente nas creches de Rolim de Moura, RO. Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Federação Universidade Federal de Rondônia, Campus Rolim de Moura, RO para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, sob a orientação da Prof.ª Dra. Marilsa Miranda de Souza.
Resumo: Este trabalho trata da feminização e precarização do trabalho docente na educação infantil nas creches do município de Rolim de Moura – RO, a partir de uma pesquisa realizada com professoras das creches deste município. A pesquisa fundamenta-se no método do materialismo histórico- dialético utilizando-se das categorias totalidade, classes sociais e ideologia para a análise do processo de feminização do magistério, sobretudo nas creches, que se constitui como uma forma de opressão da mulher na sociedade capitalista. Na atualidade, o feminismo burguês busca desvincular a opressão da mulher da luta de classes apresentando-a meramente como um problema de relação entre diferentes gêneros numa perspectiva culturalista, própria da agenda pós-moderna que tudo fragmenta e nega a possibilidade de superação do modo de produção capitalista com a consequente supressão das classes sociais. A pesquisa apontou que há entre as próprias docentes das creches pesquisadas, uma concepção de educação infantil como extensão do lar, desvalorização da profissão docente e precárias condições de trabalho. Além disso, também foi possível constatar que a dupla jornada de trabalho é uma realidade entre as docentes de creches. Nesse contexto, o ato educativo é tido como cuidar. O cuidado é apresentado como próprio da mãe que, de forma supostamente natural, seria possuidora deste dom. Sendo assim, os homens são excluídos das creches com o argumento de que não possuem a paciência exigida para o trabalho. Constatou-se, ainda, que há um consenso por parte das professoras de que homens naturalmente tenderiam para o abuso sexual das meninas no momento da higienização, o que os impediria de exercer a função docente nas creches. Essa constatação evidenciou-se nas afirmações de que somente poderiam ser permitidos professores em turmas compostas exclusivamente por meninos, assim como na preocupação de que os homens não estão aptos a higienizar as meninas. Este trabalho monográfico afirma que os supostos dons maternos e a impossibilidade de homens assumirem o papel de professores em creches tendo em vista que supostamente tenderiam a cometer atos de pedofilia correspondem, na verdade, a justificativas ideológicas que tem como objetivo perpetuar a opressão feminina submetendo-as ao trabalho precarizado e desvalorizado socialmente. Afirma-se, ainda, com base em autores marxistas, que a única maneira de acabar definitivamente com a opressão da mulher é a superação da sociedade de classes que está na origem da subjugação feminina.
Descrição: Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Federação Universidade Federal de Rondônia, Campus Rolim de Moura – RO, para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, sob a orientação da Prof.ª Dra. Marilsa Miranda de Souza.
URI: http://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2916
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