Caracterização da qualidade física e fisiológica das sementes do gênero brachiaria comercializadas no Estado de Rondônia

Abstract

O crescimento agropecuário no Estado de Rondônia vem atrelado ao aumento da produtividade animal e vegetal que integradas levam Rondônia ao ranking dos estados de maior garantia em segurança alimentar da região Norte. Carne e soja correspondem a 89% do PIB em exportações no agronegócio contribuindo com a posição do Brasil no ranking de exportador de carne e grãos. A sustentabilidade produtiva pecuária tem por base a otimização do uso da terra e recuperação de pastagens degradadas. A área de pastagem reduziu para 8 milhões de hectares e suporta 14 milhões de cabeças em 1,0 UA/ha, superior à média nacional. A capacidade de suporte das pastagens está relacionada especialmente a formação e manejo adotado, aspectos estes que iniciam com a escolha das espécies e qualidade das sementes. Com a diversidade forrageira lançada no mercado temos por foco a avaliação nutricional e manejo de novas espécies para a sustentabilidade das pastagens nas condições edafoclimáticas de Rondônia e o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade física e fisiológica de sementes de Braquiárias (Brachiaria brizantha cv. Marandu e cv. MG-5 e Brachiaria humidicola cv. Humidícola), provenientes de diferentes lotes comerciais. O estudo foi realizado no laboratório de análise de sementes forrageiras (LASFO) da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Presidente Médici-RO. As sementes comercializadas em Rondônia do lote 2019 de diferente Valor Cultural (VC) e marca, apresentam ampla variação entre os lotes para o VC, 10 a 87%, pureza física, 33 a 98%, e germinação, 3 e 67%. O lote A mais se aproximou aos valores rotulados, VC 80 a 87% brizanthas e 50 a 60% humidicola, única que se adequou ao padrão mínimo de pureza, > 80% e germinação ao 21º dia, 60% brizantha e 40% humidicola, para todas as espécies forrageiras, além de apresentar maior velocidade de emergência (IVE) da humidicola, 69,65 e 40% de germinação, comparando com a lote B com os menores IVE e germinação, 4,48% e 8% de germinação. A viabilidade das sementes obtidas através do teste de tetrazólio demonstra que as sementes de B. brizantha, independente do lote, apresentaram alta porcentagem de sementes vivas. Observou-se germinação tardia para Marandu e Humidicola do lote C e baixa, < 10% para o lote B. Lote A e B apresentou melhor desenvolvimento em parte aérea (PA), média 14,3 e 15,1cm; sistema radicular (CR), 3,9 e 4,0cm e relação PA:CR 3,77 e 3,22 ao Marandu e MG-5. As sementes, no geral, divergem quanto as informações apresentadas nos rótulos.