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Título: O processo de constituição da discursividade literária realista brasileira, em Machado de Assis, e a relação entre autor e língua nacional
Autor(es): Santos, Angélica Paixão dos
Palavras-chave: Machado de Assis
Discursividade literária realista
Processo discursivo
Data do documento: 2021
Citação: SANTOS, Angélica Paixão dos. O processo de constituição da discursividade literária realista brasileira, em Machado de Assis, e a relação entre autor e língua nacional. 2021. 80f. Dissertação (Mestrado em Letras), Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir), Porto Velho, 2021.
Resumo: Este trabalho buscou compreender o processo de constituição da discursividade literária realista, em Machado de Assis, e a relação desse sujeito-autor com a língua nacional na segunda metade do século XIX. Para isso, filiamo-nos ao quadro teórico- metodológico da análise de discurso (AD) fundado por Michel Pêcheux na França na década de 1960 e desenvolvido no Brasil por Eni Orlandi, articulando-o à história da ideias linguísticas (HIL). A partir da análise de Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908), observarmos, por um lado, o funcionamento da memória (interdiscurso) por meio do processo de identificação/individuação por qual passa o sujeito-autor, produzindo, assim um efeito de real e, por outro lado, o institucional, com suas relações de força e de sentido resultando em projeções imaginárias que foram determinantes no processo de produção dessas textualidades, para que, assim, pudéssemos compreender como ocorreram os deslocamentos de sentidos no processo de constituição da discursividade literária realista. Sendo a língua a base comum para processos discursivos diferenciados, conforme Pêcheux (2014a), buscamos, também, compreender a relação do sujeito, na posição-autor (literato), com a língua e como ele a trabalhou e contribuiu para a formulação de um certo modo da língua, imprimindo uma brasilidade para ela. Nossas análises procuraram mostrar que apesar de, no domínio do discurso literário, a discursividade literária romântica perder sua posição de dominância para a discursividade literária realista, que instala outras questões que são colocadas, produzindo um outro gesto de leitura, o processo discursivo literário realista, continuou sustentando esse imaginário de unidade entre Estado, Língua e Nação, já instituído pelo discurso romântico. Foi para a questão da língua (nacional) no Brasil, na segunda metade do século XIX, que inclinamos nosso olhar nessa pesquisa. O literário, para nós, é um modo de funcionamento da linguagem e ele institucionaliza um lugar determinado para dizer a língua e como ela vai se significar relativamente à sociedade, na história.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao de Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Letras. Orientador: Prof. Dr. Élcio Aloisio Fragoso; Coorientadora: Profa. Dra. Ana Cláudia Fernandes Ferreira.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/3396
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