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Título: Linguagem e conspiração: produção de sentidos na pandemia da Covid-19
Autor(es): Pereira, Aline Gaspar
Palavras-chave: Análise do discurso
Semântica global
Teoria da conspiração
Data do documento: 2022
Citação: PEREIRA, Aline Gaspar. Linguagem e conspiração: produção de sentidos na pandemia da Covid-19. 2022. 192 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Acadêmico em Letras) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2022.
Resumo: Nesta dissertação, a partir da perspectiva da Análise do Discurso (AD) de base enunciativa, propomos um estudo de teorias da conspiração a respeito das vacinas contra o Coronavírus no contexto da pandemia da Covid-19, produzidas em língua portuguesa e difundidas na rede social digital Facebook. O objetivo geral é compreender como se dá o funcionamento da linguagem nesses discursos e quais as suas especificidades e regularidades. Para isso, mobilizamos, principalmente, o conceito de semântica global, desenvolvido pelo linguista francês Dominique Maingueneau ([1984] 2021). Para a constituição do corpus, realizamos um levantamento, sobretudo, em perfis, páginas e grupos públicos do Facebook que se opõem abertamente à vacinação, de modo a identificar enunciados que fizessem referência a determinados elementos que consideramos essenciais para a classificação de um discurso como uma “teoria da conspiração” – “conspiradores”, “vítimas” e “plano secreto maligno” (NICOLAS, 2016; INTRONE et al. 2020). A partir desse procedimento, fizemos a seleção de 25 (vinte e cinco) enunciados para análise. Partimos da hipótese de que o discurso conspiratório, no espaço discursivo em que se instaura uma discussão em relação às vacinas contra o Coronavírus, aspira à mesma função social do discurso midiático tradicional, ou seja, ele pretende “informar” e fixar normativamente uma dada organização do real. Sendo assim, propomos que a grande mídia pode ser considerada o Outro do nosso objeto e que uma operação de rejeição às versões oficiais que circulam nessa autoridade epistêmica é fundamental para a constituição da identidade do discurso conspiratório. A partir dessas premissas, analisamos cinco planos da semântica global – temas; vocabulário e estilização da escrita; intertextualidade; estatuto do enunciador e do enunciatário; e dêixis enunciativa. Com isso, foi possível estabelecer uma sistematização dos semas reivindicados e rejeitados pelo discurso em questão. Os principais efeitos de sentido analisados encaminham-se para um estilhaçamento da noção de “verdade” compartilhada na esfera pública, associando os imunizantes ao mal absoluto, em uma inversão da interpretação hegemônica.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4108
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