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Título: Colonialidade de gênero: uma análise da representação da mulher em Beiradão, de Álvaro Maia
Autor(es): Aragão, Tuane Santos
Palavras-chave: Colonialidade de gênero
Representação da mulher
Feminismo decolonial
Data do documento: 2023
Citação: ARAGÃO, Tuane Santos. Colonialidade de gênero: uma análise da representação da mulher em Beiradão, de Álvaro Maia. 2023. 129 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar as diversas evidências da colonialidade de gênero representada através das personagens mulheres no romance Beiradão, do escritor amazonense Álvaro Maia (1958), considerando a interseccionalidade entre raça, classe, idade, gênero e as diversas formas de submissão e sua relação com a colonialidade de poder e do saber e do gênero, que são categorias criadas pelo pensamento da modernidade e situam as mulheres em uma posição de subalternidade de um sistema de dominação e exploração. O enredo apresenta o contexto socio-histórico que abrange integralmente o ciclo econômico da borracha e o desbravamento da Amazônia pelos primeiros nordestinos que, em busca de melhores condições de vida, deslocaram-se para essa região, a fim de trabalhar no mercado da borracha, e se sujeitaram a condições de trabalho precárias. É evidente a intenção do autor em descrever os diversos modos de mecanismos de atuar da colonialidade do poder e, na obra, isso é configurado a partir da posição enunciativa das personagens masculinas que ganham visibilidade na narrativa; mas, a partir do foco narrativo, com discursos de cunho colonizador, e na construção e representação das personagens mulheres, percebem-se, também, mecanismos de atuação da colonialidade de gênero. O estudo pretende responder de que modo a representação da mulher, na obra analisada, elucida um foco narrativo atravessado pela colonialidade de gênero, refletindo um processo histórico da região amazônica, regido pela colonialidade do poder. Para tal, embasam esta análise teorias do pensamento decolonial, em diálogo com teorias feministas, pós-coloniais e de gênero, que sustentam a premissa de que sujeitos, inclusive mulheres, de países que passaram por um processo de colonização, como é o caso da América Latina, estão mais sujeitas a situações de subalternização e ao silenciamento, haja vista que, considerando-se os aspectos biológicas, a teoria da modernidade construiu categorias que arranjam as funções sociais a partir do sexo. Essa divisão binária das funções sociais proporciona experiências e relações desiguais para os grupos de homens e de mulheres e isso resulta em uma relação de subjugação da mulher. Na narrativa objeto deste estudo, são bem configuradas condutas de controle que refletem o processo histórico da região amazônica regido por ações de categorias da colonialidade do poder, de saber e de gênero. Como aporte teórico, são utilizados autores como Souza (2009), Hall (2016), Fanon (1968), Dussel (1993), Memmi (2007), Spivak (2014), Gondim (1994), Quijano (2005), Mignolo (2008), Lugones (2008), Rita Segato (2021) e Xavier (2007).
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4215
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (Dissertações)

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