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Título: A violência vivida pelas personagens femininas nas narrativas de Arthur Engrácio em histórias de submundo e outras estórias de submundo
Autor(es): Constancio, Maria Rita Rodrigues
Palavras-chave: Artur Engrácio
Submundo
Conto
Violência
Personagens femininas
Data do documento: 2023
Citação: CONSTANCIO, Maria Rita Rodrigues. A violência vivida pelas personagens femininas nas narrativas de Arthur Engrácio em histórias de submundo e outras estórias de submundo. 2023. 99 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar as personagens femininas submetidas a violência na literatura do autor Arthur Engrácio (1988), a partir da teoria feminista, de forma a refletir criticamente sobre o modo como a violência contra a mulher é trabalhada esteticamente em sua escrita. Dessa forma, tomamos como objeto de análise os contos: “A vingança”, “Cláudia” pertencentes às obras Histórias de Submundo (2005) e “A morte de Dinoralva”, “A história do anel”, e a novela “A toga manchada” (1988), que pertencem a obra Outras Estórias de Submundo (1988). As narrativas selecionadas tematizam com maior destaque a opressão sexista, assim como o drama de várias mulheres subjugadas ao poder masculino exercido por personagens que têm nos sujeitos históricos masculinos do século XX seus referentes exteriores. Observa-se que a literatura engraciana, ao mesmo tempo que porta enredos diversos, também comunga da presença marcante de personagens femininas submetidas à violência masculina, assim como do espaço da narrativa, cujo referente externo é a região amazônica. Tanto nos contos, como na novela, seja por questões econômicas e/ou de gênero, o poder e a violência são basilares, sendo representados nas narrativas pelo colonialismo, patriarcalismo e machismo, o que testemunha o obscurecimento da mente das personagens femininas. Estas parecem mimetizar esteticamente as mulheres que historicamente habitam a região amazônica, vítimas de condições de vida aviltantes, e os escritos se conduzem para visibilização de tais condições. Logo, pode-se afirmar que a discussão nuclear dos textos selecionados de Arthur Engrácio gira em torno do patriarcado masculino frente à invisibilidade e subjugação feminina. Para o desenvolvimento da análise proposta, dialogaremos com estudos referentes à teoria feminista produzidos pela autora bell hooks (2018, 2021) e o autor Albert Memmi (2007), que denunciam as estratégias de opressão, inibidoras da liberdade e discriminadoras da mulher; com os trabalhos das autoras Gayatri Chakravorty Spivak (2010), Angela Davis (2016) e Gerda Lerner (2019), que discutem acerca da subalternidade e a violência contra a mulher; com o trabalho crítico do sociólogo Boaventura de Souza Santos (2013). Regina Dalcastagnè (1996, 2005, 2012) é convidada ao diálogo para que, a partir de suas pesquisas, compreendamos como é raro encontrar narradoras nos textos de literatura; Ana Pizarro (2012), por sua vez, torna-se interlocutora deste trabalho na medida em que reflete e problematiza a invisibilidade cultural; e, por fim, também faremos uma conversa com aspectos da obra de Pierre Bourdieu (2021), que recria a dominação masculina, no que tange à condição feminina e à violência simbólica.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4712
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (Dissertações)

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