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Título: A expressão do mal em Na Escuridão, amanhã, de Rogério Pereira
Autor(es): Amim, José Maiko Farias
Palavras-chave: Mito
Arquétipos
Espaço-tempo
Eterno retorno
Expressão do mal
Data do documento: 2023
Citação: AMIM, José Maiko Farias. A expressão do mal em Na Escuridão, amanhã, de Rogério Pereira. 2023.118 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo geral investigar o modo como algumas imagens arquetípicas e símbolos provenientes das mitologias greco-latina e judaico-cristã são mobilizados por Rogério Pereira em Na Escuridão, Amanhã (2013) para expressar o Mal mediante o trato linguístico-temático e suas configurações simbólicas no espaço-tempo narrativo. Para alcançar o objetivo exposto, lançamos mão de uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. Partimos dos contributos da teoria narratológica, sobretudo da corrente enriquecida na segunda metade do século XIX por teóricos como Joseph Campbell (1989) e E. M. Meletínski (2019); também dialogamos com os teóricos da narratologia estruturalista, como Gerárd Genette (2017) e Oscar Tacca (1983); além destes, estudamos as obras de Carl Jung (2016) e de Chevalier e Gheerbrant (2021), as quais nos ajudam a definir os conceitos de Arquétipo e Símbolo; Paul Diel (1991), que nos auxilia a compreender a simbologia na mitologia grega; Terry Eagleton (2022) e Mircea Eliade (2020), que nos ajudam a pensar a temática do Mal e a identificar sua expressão na narrativa; Gilbert Durand (2012), (2004), que nos auxilia a identificar as ressonâncias do mito no texto literário. Partindo da hipótese de que algumas imagens arquetípicas e símbolos presentes nas referidas tradições mitológicas, sendo eles: o Arquétipo Pai e os mitos de Urano, Cronos; de Caim e Abel e do Pecado Original; e o Arquétipo Mãe e os mitos da terra-mãe-terra (Gaia, Réia, Deméter e Perséfone), ganham uma renovada figuração na construção do espaço-tempo ficcional ao serem utilizadas como elementos estético-composicionais para a expressão do Mal, concluímos haver no corpus uma estrutura capilarizada em três camadas, a narrativa, a mítica e a interpretativa. Com a primeira acessamos as categorias de Tempo e Espaço a partir dos recursos narrativos propiciadores de reiterações, silenciamentos e ambiguidades; com a segunda adentramos um universo de motivos míticos e símbolos viabilizadores de interações interpretativas entre as respectivas tradições mitológicas e os recursos narrativos mobilizados; com a terceira camada interpretamos a expressão do Mal enquanto esvaziamento do discurso, consciência de culpa e movimento regressivo ao Caos. O Mal expresso é resultado das “lacunas” de uma obra aberta, dos mitos que lançam luz sobre as imagens utilizadas e da costura temática da culpa, enquanto herança hereditária do pecado, e do Caos, enquanto eterna repetição de gestos primitivos.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4861
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (Dissertações)

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