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Título: Só tenho vontade de dormir, mas também pra que acordar?: A história de vida de pessoas institucionalizadas em um hospital - um passado ainda presente
Autor(es): Nascimento, Josiana Paula Gomes do
Palavras-chave: Saúde mental
Institucionalização
Reforma psiquiátrica
História Oral
Data do documento: 2014
Citação: NASCIMENTO, J. P. G. do. Só tenho vontade de dormir, mas também pra que acordar?: A história de vida de pessoas institucionalizadas em um hospital - um passado ainda presente. 2014. 138 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)- Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2014.
Resumo: Este estudo tem como objetivo investigar o significado que se produz em usuários de saúde mental referente a condição de estar institucionalizado em um hospital, utilizando como base de referência a Política Brasileira de Saúde Mental. Trata - se de uma pesquisa qualitativa, com procedimentos e técnicas da história oral. Para tal investigação foram realizadas entrevistas com cinco pessoas que vivem por longo tempo em um hospital, através das seguintes perguntas norteadoras: "Como era sua vida antes de vir para o hospital?" "Como é a sua vida aqui?", com a finalidade que eles descrevessem suas percepções a respeito do transtorno mental e de ser morador de um hospital. Também colhemos informações de suas histórias por meio da equipe de saúde mental do hospital. Os resultados encontrados apontam que a percepção do transtorno mental aparece com características próprias em cada participante, mas compartilha de uma mesma ideia, que o transtorno mental é considerado uma condição complexa, ruim e sofrida para quem vivencia. Já a longa permanência no hospital possui vários significados: prisão, ociosidade, cura do vício e pertencimento a instituição, pois vêem o hospital como um recurso que estão contando na ausência da família, mas deixam claro que não querem viver naquele ambiente por muito tempo. Têm consciência que são moradores de um hospital e que poderia ser um lugar diferente, onde eles poderiam preparar sua alimentação, ter capacidade de escolha e autonomia para cuidar de suas vidas. Constatamos que grande parte das pessoas institucionalizadas possui transtorno mental, mas são queixas e sintomas que não justificam a internação prolongada, mesmo porque estão todos de alta e trata-se exclusivamente de uma questão política e social: não tem uma família ou a família que tem não quer acolhê-los em casa; não há um serviço de residência terapêutica no Estado de RO e os poucos serviços substitutos aos antigos modelos manicomiais estão falhando, pois não estão conseguindo controlar as internações na psiquiatria do hospital. As considerações dessa pesquisa oferecem visões importantes a respeito do andamento da Reforma Psiquiátrica no nosso Estado, contribuindo para elaboração de estratégias que venham ao encontro das reais necessidades da pessoa com transtorno mental.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Programa de Pós-Graduação em Psicologia (MAPSI), na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Psicologia. Orientador(a): Prof. Dr. José Carlos Barboza da Silva.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/1784
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