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Título: No espelho das águas um lugar ribeirinho no Rio Madeira
Autor(es): Ribeiro, Marcela Arantes
Palavras-chave: Geografia Cultural
Espaço Simbólico
Ribeirinho
Seres encantados
Data do documento: 2010
Citação: RIBEIRO, Marcela Arantes. No espelho das águas um lugar ribeirinho no Rio Madeira. 2010. 158f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2010.
Resumo: Esta dissertação objetivou fazer uma leitura geográfica do lugar ribeirinho em três localidades do Rio Madeira – Cachoeira de Teotônio, Vila de Calama e São Sebastião - o que chamamos de um viver refletido nas “águas” com representações e simbolismos característicos do espaço do grupo pesquisado. Para esta compreensão fizemos uso fundamentalmente dos pressupostos da Geografia Cultural e alguns teóricos da antropologia e da sociologia, onde construímos o nosso “pensar” as relações entre o ribeirinho com seu lugar marcado pela presença do rio e da mata. Através da interpretação dessa relação foi desenvolvida outra forma de compreender o lugar do ribeirinho atualmente. O conceito de lugar utilizado neste trabalho foi elaborado por Tuan (1980 e 1983) aplicado juntamente com outros teóricos da Geografia Cultural. Na busca de compreender a vida ribeirinha buscamos Loureiro (1995) e Silva (1994) como ponto de partida, quanto à formação das localidades ribeirinhas considerando o processo migratório Nascimento Silva (2000) e Santos (2002) nos ajudou no momento que acreditamos a cultura está enraizada em gerações passadas. O dialogo entre os conceitos de cultura está fundamentado na concepção de Claval (2007). Essas leituras nos possibilitaram enfocar e compreender como ocorre a relação do ribeirinho com o rio e a mata a partir de uma das representações da cultura ribeirinha - os seres encantados - demonstrando um modo de viver subjetivo o que nos levou a apresentar, neste trabalho um espaço ribeirinho cultural. O espaço ribeirinho apresenta-se embutido de representações tornado-o complexo aos olhos daqueles que não fazem parte do grupo. Destacamos que, assim como todos os outros espaços, este também esta sujeito a dinâmica da vida passando por re-leituras de representações, resignificações dos elementos simbólicos presentes na cultura e espaço ribeirinho. Ao apresentarmos a temática do espaço ribeirinho enfocando o Boto, a Cobra-Grande, o Curupira e o Matinta-Perera como representações simbólica que inter-ligam o homem/rio/mata abrimos caminhos para compreender diferentes modos de vida que permitem a sobrevivência da organização de grupos sociais como os ribeirinhos do Rio Madeira. Interpretar o espaço ribeirinho pela cultura implica “navegar” pelas intersujetividades do espaço vivido. Neste sentido aplicamos como metodologias de pesquisa as proposta de Frémont (1980) de espaço vivido e a de Meihy (2005) história oral. Onde foi possível perceber o lugar na fala dos nossos narradores repleto de representações tipicamente ribeirinhas que, por meio dessas, os encantados, quando interpretados em maior dimensão, fizeram e ainda fazem parte da vida e espaço ribeirinho. Assim, compreender o modo de vida ribeirinho por meio da cultura deste grupo é adentrar em um espaço simbólico com representações e seus significados, valores afetivos e experiências de vida que tentamos apresentar neste trabalho.
Descrição: Dissertação de apresentação ao programa de pós-graduação em Geografia da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Para obtenção do titulo de mestre em Geografia - Linha de pesquisa: Populações Amazônicas e Cidadania. Orientador (a) Prof: Dr. Josué da Costa Silva
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2033
Aparece nas coleções:Mestrado em Geografia (Dissertações)

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