Carga de trabalho dos profissionais de enfermagem : estudo em ortopedias de um hospital público da Amazônia Ocidental

Abstract

O contexto desta pesquisa aborda sobre a carga de trabalho dos profissionais de enfermagem que atuam em clínicas ortopédicas no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, bem como as condições de trabalho que vivenciam, o processo de trabalho e o de adoecimento desses profissionais, que por muitas vezes tem como consequência o absenteísmo e a sobrecarga dos demais membros da equipe. A pesquisa tem como objetivo investigar a relação saúdetrabalho- doença dos profissionais de Enfermagem que atuam na assistência ao usuário nas clínicas ortopédicas do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, identificando os dados ocupacionais dos mesmos, descrevendo sua carga de trabalho, verificando a incidência de queixas musculoesqueléticas e analisando as atividades de trabalho que são potencialmente geradoras de agravos à saúde. Trata-se de um estudo descritivo, utilizando uma abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em clínicas ortopédicas do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro. Os sujeitos da pesquisa foram constituídos pelos profissionais de enfermagem, sendo 15 graduados e 45 de nível médio. A amostra da pesquisa foi em 34 profissionais, sendo 7 enfermeiros, 26 técnicos de enfermagem e 01 auxiliar de enfermagem. Foram utilizados 2 instrumentos, quais sejam: um roteiro de observação sistemática e um questionário semiestruturado. Para análise dos dados, foram utilizados os programas SPSS e Excel. Os resultados apontam que o processo de trabalho reflete significativamente na carga de trabalho, constatou-se que o dimensionamento inadequado, o quantitativo e qualidade de materiais insuficientes, acúmulo de vínculos e consequentemente da carga horária de trabalho e diminuição e/ou ausência de horário para lazer e descanso, aumentam tanto a carga física, quanto a carga mental desses trabalhadores. Visto ainda quanto à interferência dos plantões noturnos na qualidade de vida do trabalhador, os quais após jornadas noturnas alegam ter alterações físicas e emocionais, comprometendo, inclusive fatores cognitivos.