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Título: Estudo prospectivo do estado de saúde de uma população ribeirinha da Amazônia brasileira
Autor(es): Pedrosa, Olakson Pinto
Palavras-chave: Amazônia
Ribeirinho
Saúde
Desenvolvimento
Data do documento: 2018
Citação: PEDROSA, O. P. Estudo prospectivo do estado de saúde de uma população ribeirinha da Amazônia brasileira. 2018. 137 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PGDRA), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Porto Velho, 2018.
Resumo: Este estudo objetiva descrever a prevalência de doenças cardiometabólicas, sobrepeso e obesidade em uma população ribeirinha do município de Humaitá no estado do Amazonas, e estimar os principais fatores de risco para essas condições ante ao desenvolvimento regional ocorrido nos últimos anos. Trata-se de um estudo longitudinal ambidirecional, duplo cego associado a uma abordagem descritiva e analítica de amostra censitária no período 2010-2017. Os participantes da pesquisa caracterizam-se por serem ribeirinhos tradicionais, residentes em uma área periurbana, semi-isolada, desde o ano de 2010. A escolha dessa população de estudo se deu pelo fato de dados colhidos sistematicamente no ano de 2010, momento prévio à chegada da energia elétrica, referentes ao status socioeconômico, perfil nutricional, dados clínico-laboratoriais e parâmetros antropométricos. Os resultados evidenciam que houve ganho de peso e acúmulo de gordura corporal estatisticamente significativos, acompanhados por aumento da pressão arterial, elevados níveis de colesterol e triglicérides, diminuição dos níveis de atividade física e comprometimento da qualidade de vida. A transição nutricional foi confirmada na população estudada, na comparação entre os anos de 2010 e 2017. Em função da característica lipofílica do metilmercúrio, presente em ribeirinhos da Amazônia, analisou-se a contaminação humana por esse metal em amostras de soro e urina. Encontramos correlação positiva entre o percentual de gordura corporal e os níveis séricos de mercúrio total (p<0,05). Apesar do consumo de peixe ter diminuído, os níveis séricos de mercúrio permanecem elevados em grande parte dos moradores locais e encontram-se correlacionados com o percentual de gordura corporal. Acreditamos que nosso estudo é o primeiro a evidenciar associação estatisticamente significativa entre obesidade e níveis de contaminação por mercúrio em seres humanos. Em conclusão, o aumento do poder de compra acompanhado de mudanças nos modos de vida tradicionais do ribeirinho da Amazônia como a TN e o sedentarismo, resultou em casos de sobrepeso, obesidade, hipertensão arterial, acúmulo de gordura corporal e níveis séricos elevados de mercúrio correlacionados com o percentual de gordura corporal. A qualidade de vida dos moradores do Lago do Puruzinho foi impactada pelas DCNT e pelas mudanças nos modos de vida locais, com sinais e sintomas clínicos potencialmente relacionados com a hipertensão arterial e níveis elevados de triglicérides, limitações de realização de atividades diárias, alguma dependência da energia elétrica e da economia de mercado.
Descrição: Tese de Doutorado, apresentada ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PGDRA) como requisito para obtenção do Título de Doutor em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Orientador(a): Prof. Dr. Ari Miguel Teixeira Ott. Coorientador: Prof. Dr. Davi da Silva Barbirato.
URI: http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/2585
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