A busca da identidade nacional no modernismo brasileiro: das palavras de Mário Andrade às pinceladas de Tarsila do Amaral

Abstract

O presente estudo tem como proposta fazer uma análise comparativa e discursiva da obra Macunaíma (1928), do escritor Mário de Andrade, com as obras (pictóricas) Abaporu, Morro da Favela, A Negra, Floresta, Paisagem com Touro, São Paulo, E.F.C.B, A Feira II, Carnaval em Madureira, O Vendedor de Frutas e A Cuca, da pintora modernista Tarsila do Amaral. Faremos uma leitura alegórica no primeiro capítulo dessa dissertação, entendendo a obra Macunaíma como um “mosaico de alegorias”. No segundo capítulo, valer-nos-emos dos conceitos de “primitivo” e “moderno” nas obras analisadas, verificando como a tensão primitivo/moderno está na construção das mesmas. Concluiremos nossas comparações com o terceiro capítulo, focado no discurso da identidade nacional brasileira. Ressaltamos, por fim, que analisaremos a construção dos discursos da identidade nacional brasileira, observando o dialogismo e a interdiscursividade, conceitos cunhados por Mikhail Bakhtin.