As potencialidades pedagógicas do uso de jogos digitais para o ensino aprendizagem de matemática: um estudo de pesquisas publicadas em âmbito nacional

Abstract

Este trabalho teve como objetivo investigar as potencialidades pedagógicas do uso de jogos digitais como alternativa didático-metodológica para o ensino-aprendizagem de Matemática na perspectiva de pesquisas acadêmico-científicas publicadas em âmbito nacional. Para tanto, na construção da sua fundamentação teórica recorreu-se principalmente aos seguintes autores e documentos oficiais: Eigen e Winklel (1989), Caillois (1990), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (1997), Grando (2000), Ponte (2000), Huizinga (2004), Alves (2008), Luiz (2013), Pacievitch (2018), Chiado (2016), e Palma e Chiado (2017). Os aspectos metodológicos foram referenciados em Gil (2008), Fiorentini e Lorenzato (2009), e Minayo (2011). Metodologicamente, o trabalho foi desenvolvido tendo por abordagem a pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico. Para o processo de coleta de dados foram levantados 43 (quarenta e três) pesquisas que relacionavam jogos digitais ao ensino-aprendizagem de Matemática, dos quais, após leitura minuciosa, constituiu-se o material de análise deste trabalho, composto por 14 (quatorze) pesquisas: 06 (seis) artigos científicos, 02 (dois) Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) de pós graduação lato sensu, e 06 (seis) dissertações. A análise teve como foco identificar e analisar possíveis atividades de aplicabilidade do uso de jogos digitais no ensino aprendizagem da Matemática, os principais conceitos e conteúdos matemáticos tratados nas atividades e os espaços educativos privilegiados quanto ao uso dos jogos digitais. Dentre os resultados obtidos evidenciou-se uma diversidade de conteúdos e jogos, que com planejamento pedagógico adequado podem ser desenvolvidos em sala de aula ou a partir dela. Por outro lado, algumas das atividades desenvolvidas e explicitadas pelas pesquisas analisadas, apesar de terem tido resultados satisfatórios, não parecem se enquadrar na realidade da Educação Básica, onde, por exemplo, tem-se uma média de 40 alunos por sala de aula. Os conceitos e conteúdos matemáticos tratados pelas pesquisas analisadas foram os mais diversos, envolvendo desde as quatro operações básicas com números naturais até as integrais definidas. Os espaços educativos em que essas pesquisas ocorreram privilegiaram o ambiente da educação pública, sendo o laboratório de informática o principal local de aplicação.