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Título: Hidrelétricas na amazônia: o caso de Cachoeira Porteira, Oriximiná-PA
Autor(es): Reale, Fátima Cristina Guerreiro
Palavras-chave: Hidrelétricas na Amazônia
Geração de energia elétrica
Cachoeira Porteira
Data do documento: 2019
Citação: REALE, F. C. G. Hidrelétricas na amazônia: o caso de Cachoeira Porteira, Oriximiná-PA. 2019. 73 f. Dissertação (Mestrado em Geografia), Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG), Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir), Porto Velho, 2019.
Resumo: A Amazônia tem apresentado pressões sociais e ambientais decorrentes do tipo de matriz energética investida no país. A geração de energia por meio de hidrelétrica, se deve ao abundante volume hídrico e projeções já desencadearam no governo militar. A expansão da construção dessas obras na Amazônia tem trazido à região um cenário conflituoso para as populações tradicionais. A geração de energia por meio de hidrelétrica se deve ao abundante volume hídrico e projeções já desencadearam no governo militar. A expansão da construção dessas obras na Amazônia tem trazido à região um cenário conflituoso para as populações tradicionais. Nesta perspectiva, o objetivo proposto foi analisar quantiqualitativamente os impactos na cadeia produtiva de extrativista associados ao processo de planejamento de instalação da hidrelétrica em Cachoeira Porteira, inclusive com perdas de serviços ecossistêmicos pela pressão nas áreas de castanheiras (Bertholletia excelsa), no município de Oriximiná, Pará. A metodologia qualitativa foi utilizada para obtenção de um diagnóstico documental no período entre 1950 a 2014. As entrevistas estruturadas foram realizadas com 40 extrativistas remanescentes do período de instalação de empresas sediadas em Cachoeira Porteira, bem como documentos da época que retratam o processo histórico da venda de área privada em 1961, além de relatos de familiares ao confirmar a desapropriação na área em que a hidrelétrica seria instalada. Em rodadas de conversas, entrevistas, visitas de campo, análise de mapas e registros da época foram realizados recortes temporais para estabelecer indicadores de impactos, principalmente nas populações extrativistas instaladas na área planejada para instalação da hidrelétrica. Os resultados apontaram que as populações tradicionais como extrativistas tiveram que migrar outras áreas distantes, comprometendo inclusive a cadeia produtiva da castanha. Ao longo desses anos os extrativistas foram se consolidando e formando comunidades que hoje vivem da pesca, da agricultura de subsistência, como fonte alternativa de renda, mas a economia principal desses extrativistas vem das colheitas de Castanha-da-amazônia, durante os meses de safra. Os castanheiros passam cerca de dois meses (janeiro e fevereiro) coletando castanhas na floresta, sendo fevereiro o mês com maiores registros de produção. Com a mudança para as localidades de Arrozal e Nova Amizade os impactos ocorreram tanto no aspecto social pela separação de amigos e parentes; cultural, devido à necessidade de mudanças de hábitos pela impossibilidade de confraternização em períodos festivos; econômico em decorrência de redução de mão de obra e distância das áreas de coletas que impactou no potencial produtivo devido às dificuldades logísticas e vulnerabilidades as intempéries nas corredeiras; e político, por não terem sido consultados no processo de planejamento de expansão da matriz energética na Amazônia. Houve perdas de serviços ecossistêmicos prestados pelas castanheiras em provisão, regulação, suporte e cultural.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao de Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG), na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Geografia. Orientadora: Profa. Dra. Maria Madalena de Aguiar Cavalcante.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/3190
Aparece nas coleções:Mestrado em Geografia (Dissertações)

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