Plano de Desenvolvimento Estadual Sustentável de Rondônia (PDES-RO-2015) e o novo paradigma de desenvolvimento para a Amazônia

Abstract

A pesquisa analisa os programas e projetos do Plano de Desenvolvimento Estadual Sustentável de Rondônia (PDES-RO-2015), em vigor até 2030, que visam desenvolver a competitividade sustentável da região. Os aspectos analisados pertencem à Diretriz Estratégica da Competitividade Sustentável, uma das quatro diretrizes do PDES-RO-2015. A base teórica abrange a discussão sobre a busca por um novo paradigma de desenvolvimento para a região amazônica, as tecnologias digitais da Quarta Revolução Industrial e o papel das políticas públicas. Parte-se do pressuposto que os modelos atuais de desenvolvimento da região não são mais capazes de responder aos problemas de preservação da floresta e impedir o aumento da degradação ambiental e desmatamento. Para superar os modelos são analisadas duas possíveis perspectivas, uma de curto e outra de longo prazo. Para reconhecer as potencialidades do PDES-RO na superação dos modelos atuais foi realizada a análise de conteúdo dos projetos e programas. Como parte do resultado, apresentase o diagnóstico apurado e reflexivo do PDES-RO referente às escolhas dos programas e propostas de inovação para que ao Plano sejam incorporados indicadores de sustentabilidade que possam mensurar as dimensões social, econômica e ambiental, incluir projetos e programas que invistam em tecnologias disruptivas e que busquem o incentivo a captura de capital privado nestes programas. O PDES-RO 2015 se apresenta com programas com potenciais de modificação de paradigma, especialmente os relacionados à bovinocultura e com programas que reafirmam os modelos atuais, como a cultura da soja e os produtos da sociobiodiversidade. Sugere-se, ao fim, em razão do potencial da região, o aprimoramento ao desenvolvimento energético sustentável na diretriz da competividade sustentável, desde que aplicado dentro das abordagens e necessidades específicas exigidas pela região amazônica e na aplicação de inovações biotecnológicas, sem reproduzir o que já vem sendo feito nas grandes usinas hidrelétricas e termoelétricas, a fim de que se consolide uma efetiva política pública para o desenvolvimento sustentável da região rondoniense.