Deus mãe nas fronteiras do entre-lugares da diversidade cultural da Amazônia

Abstract

A diversidade de religiões faz parte das diversas diásporas que constituem a presença humana na formação das transfronteiras linguísticas e literárias dos caminhos e práticas constituintes da formação dos povos amazônicos. No contexto do Mestrado Acadêmico em Letras (ML) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), o presente estudo e pesquisa pretende reconhecer a identidade cultural religiosa do Oriente que está sendo disseminada no bioma amazônico por um grupo de missionárias coreanas que creem em Jesus Cristo como “Deus Mãe”. A metodologia da pesquisa está ancorada nas epistemologias dos estudos culturais pós-críticos de caráter exploratório, tendo como base pressupostos teóricos que contribuem para refletir sobre cultura e diversidade religiosa no contexto amazônico. Em diversos momentos da história da região Amazônica, imigrantes desenvolveram projetos missionários de diferentes matizes culturais que influenciaram a formação da diversidade cultural dos povos habitantes desses lugares. Os primeiros desembarques ocorreram nos estados do Amazonas, Acre, Pará e Rondônia que há décadas vêm recebendo influências de ingleses, americanos, barbadianos, haitianos e venezuelanos na formação cultural do seu povo. A presença das missionárias coreanas causa uma mudança de paradigma em relação à maioria das religiões ocidentais que acreditam em Deus Pai. Por isso, o ponto central desta pesquisa é identificar como a sociedade representada pelos moradores alcançados pela missão no município de Porto Velho reconhece a ideia da existência de “Deus Mãe”, a partir da cultura identidade desta religião, numa perspectiva feminista. Para tanto, é importante os conceitos, dentre outros, dos teóricos com a expertise de Paraíso (2012/2014); Gastaldo (2014); Gil (2017); Silveira (2007); Hall (1999/2003/2006/2014); Bauman (2004/2005/2010/2013); Silva (2006/2010); Candau (2008); Laraia (2001); Bhabha (1998); Rodrigues (2006); Almeida (2006); Canclini (2008); Muraro (2002); Fleuri (2013).