Gamificação no ensino de química: utilização do role-playing game de um júri para promover a argumentação acerca do uso radioatividade

Abstract

Ensinar Química tem se tornado uma incrível missão para os profissionais da educação. Não pelo fato de que os alunos não tenham capacidades intelectuais para isso, mas sim, porque cativá-los e entusiasmá-los a estudar tem se transformado em uma grande empreitada. Pensando nesta missão, o presente trabalho visa apresentar os resultados obtidos quando se usa recursos da gamificação no ensino de Química. Dessa forma, aplicou-se o Role-Playing Game (RPG) de um Júri, simulando uma audiência em um tribunal com 4 turmas do 2° ano do Ensino médio da Escola Estadual Major Guapindaia na cidade de Porto Velho-RO para debater sobre o uso da radioatividade. Cada turma foi dividida em dois grupos onde um deles interpretavam papéis de defesa do uso da radioatividade e o outro interpretava papéis de acusação do uso da radioatividade. Além de dinamizar a aula e fazer com que os alunos trabalhem em equipe, o objetivo desta pesquisa era desenvolver a argumentação nos alunos a partir da utilização do RPG, e junto a isso exercitar a expressão, a comunicação e o raciocínio dos alunos. Anteriormente à execução do RPG de um tribunal, foram realizadas duas sequências de aulas, a primeira sequência de aula buscou trabalhar conceitos introdutórios da radioatividade e apresentou o RPG como proposta da dinâmica que seria realizada em sala de aula. Na segunda sequência de aulas, trabalhou-se o desenvolvimento da argumentação dos alunos, onde buscou-se apresentar estruturas de uma boa argumentação e como construir argumentos convincentes. Após as aulas, o RPG foi executado e em seguida, um questionário semiestruturado com questões objetivas e discursivas foi disponibilizado aos alunos, por fim, uma entrevista em grupo foi realizada com os alunos que exerceram papéis de advogados. Como resultado da presente proposta, verificou-se que a gamificação no ensino de Química motiva, engaja e promove o empenho dos alunos para realizar uma atividade proposta. Desta forma, destacou-se que a gamificação, quando bem planejada, potencializa habilidades e competências inerentes à vida do aluno, tornando-o um cidadão ativo e crítico na sociedade.