A história das crianças que plantaram um rio: uma narrativa candeeiro para a prática do letramento literário no ensino fundamental

Abstract

O presente estudo apresenta em seu escopo a investigação de como as práticas de leitura, mediante o processo de letramento literário, contribuem para a compreensão de sentidos. Sendo assim, a obra utilizada como objeto deste estudo é A história das crianças que plantaram um rio (2013), de Daniel da Rocha Leite, que tem como problemática “como as personagens de Daniel Rocha Leite (2013) se constituem na narrativa, podendo contribuir para a compreensão de alunos do 7º Ano do ensino fundamental de uma escola pública sobre a leitura de textos literários.” Então, a pesquisa intitulada “A história das crianças que plantaram um rio: uma narrativa candeeiro para a prática do letramento literário no ensino fundamental” visa investigar como os elementos da obra, sobretudo as personagens, possibilitam o processo do letramento literário. A metodologia empregada é de cunho analítico-crítico e bibliográfico, somada à pesquisa-ação, pois são apresentados os resultados desta pesquisa por meio da aplicação da sequência básica, desenvolvida com estudantes do 7º ano do ensino fundamental em escola pública, localizada no município de Porto Velho. Contribuíram com os aspectos estéticos e teóricos para análise da obra Tzvetan Todorov (2011), (2013), Tacca (1978), Yves Reuter (2002), além dos estudos de João de Jesus Paes Loureiro (2015), quanto às leituras estéticas da Amazônia. Conseguinte, os estudos de Rildo Cosson (2016) norteiam o letramento literário, e acrescentam-se os estudos de Iser (1979), (1999), pois há uma relação com o efeito estético devido à completude de sentido da diegese ao leitor. Como resultado desta pesquisa há a percepção de que os textos produzidos pelos estudantes apresentam apropriação dos sentidos presentes na obra e suas particularidades, com manifestações simbólicas de medição entre a realidade vivenciada pelo aluno e a ficção apresentada na obra de Daniel da Rocha Leite, que delineada pela sequência básica de Cosson possa conduzir o estudante a um diálogo entre seu horizonte individual e o horizonte da obra.