Análise hidrogeomorfométrica da microbacia do Rio Santa Cruz, Amazônia Ocidental, Brasil.

Abstract

A conservação dos recursos hídricos é essencial para o desenvolvimento sustentável nas propriedades agropecuárias, e pode ser obtida com um planejamento alicerçado em informações detalhadas das características da paisagem. O trabalho tem como objetivo realizar a caracterização hidrogeomorfométrica da microbacia do rio Santa Cruz, Amazônia Ocidental, Brasil. Foram utilizados softwares de geoprocessamento e imagens altimétricas do satélite Alos (Sensor Palsar), com resolução espacial de 12,5 m, para extração e mensuração de dados relacionados a geométrica, relevo e drenagem. A microbacia tem área de 500,72 km2, perímetro de 115,57 km, fator de forma de 0,23, coeficiente de compacidade de 1,44 e índice de circularidade de 0,47, altitudes entre 189 e 484 m, 94% de relevos planos a suave ondulados, rede de drenagem de 491,77 km com padrão dendrítico de 5ª ordem, 0,82 rios km- 2, densidade de drenagem de 0,98 km km-2, 0,82 nascentes km-2, coeficiente de manutenção de 1.018,18 m2 m-1, índice de sinuosidade de 36,36% e tempo de concentração de 14,45 h. Portanto, a microbacia tem formato alongado, baixa suscetibilidade a enchentes, baixa suscetibilidade a erosão hídrica, elevado potencial para mecanização agrícola, sistema de drenagem complexo, alta possibilidade de habitação de peixes, baixas densidades de drenagem e nascentes, boa eficiência de manutenção, canal principal divagante e elevado tempo de concentração. As informações podem ser utilizadas para a formação de políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento sustentável da região.