Efeitos da dieta alimentar com produtos da Amazônia elaborada para crianças com Transtorno do Espectro Autista -TEA no desenvolvimento educacional

Abstract

O estudo norteou-se pelo seguinte problema: É possível estabelecer que a dieta específica, de determinados alimentos produzidos na Amazônia, contribua para melhorar a performance ao desempenharem as atividades e capacidades cotidianas dos alunos com Transtorno do Espectro Autista – TEA, de modo a reforçar a convivência saudável, interferindo no desenvolvimento psicossocial e afetivo e por consequência no aprendizado? O estudo teve como objetivo geral identificar os impactos da contribuição da dieta alimentar com produtos da Amazônia, elaborada para crianças com TEA, no processo de desenvolvimento educacional. Especificamente, procuramos compreender por meio de revisão de literatura, as principais dietas alimentares e analisar funções, benefícios das dietas indicadas para alunos com TEA; Elaborar uma dieta especial, com característica da Amazônia, levando em consideração o apontamento da família, escola e das crianças com TEA sobre os hábitos alimentares e as implicações de determinados alimentos no desenvolvimento e na aprendizagem; Aplicar a dieta e avaliar seus impactos no desenvolvimento sócio - educacional dos alunos com TEA. O estudo aconteceu na cidade de Porto Velho – Rondônia, tendo como campo de investigação a instituição filantrópica Associação dos Amigos dos Autistas - AMA. Para alcançar aos objetivos propostos no presente estudo, a metodologia utilizada possui dupla perspectiva: Trata-se uma de pesquisa aplicada desenvolvida a partir de dois estudos de caso, previamente, cujos participantes são diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista, sendo um com autismo leve e outro com autismo moderado, de acordo com a classificação proposta pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – V), e posterior avaliação do Perfil Psicoeducacional Revisado - (PEP-R). Verificou-se que os pais e toda equipe técnica tinham conhecimento sobre a importância da restrição alimentar das crianças com autismo, que está relacionada com o Glúten e a Caseína, produtos contra indicados no TEA. Porém, consideram como prioridade a ingestão alimentar na quantidade, desprezando a qualidade. De 11 crianças avaliadas, 08 apresentam risco nutricional e ainda apresentam baixa ingestão nos nutrientes como Ácido Fólico, Vitamina E e Ácidos Graxos Essenciais, que são conhecidos como nutrientes que melhoram o desenvolvimento cognitivo das crianças com autismo. Ofertou-se a dieta rica nos referidos nutrientes, elaborada com produtos da Amazônia, para as duas crianças do estudo de caso por seis meses. Verificou-se segundo o Perfil Psicoeducacional Revisado – PEP-R, evoluções evidentes nas áreas do desenvolvimento do sujeito 1 (T1 = 2P 4 E 2R) para (T2 = 5P 2E 1R); sujeito 2 (T1 = 0P 3E 5R) para (T2 = 2P 4E 2R) e no comportamento do sujeito 1 (T1 = 1A 3M 0G) para (T2 = 3A 1M 0G); sujeito 2 (T1 = 0A 2M 2G) para (T2 = 1A 2M 1G) dos alunos com TEA.