“Não haverá mais índios”: a questão da alteridade entre “Nós” e o “Outro” no conto de Luiz Vilela

Abstract

No presente artigo busca-se analisar a crise identitária entre brancos e índios no conto “Não haverá mais índios” de Luiz Vilela. Nesse sentido, propomos interpretar a acepção preditiva do autor a respeito do aculturamento e da alteridade pelos quais objetiva-se analisar como são tratados os povos indígenas no Brasil. Assim, a leitura desenvolvida encontra-se pautada nos elementos essenciais de análise da narrativa: tempo, espaço, narrador e personagens. Também, o trabalho de pesquisa utiliza-se das referências cujos autores, de algum modo, tematizaram o assunto. Desse estudo, pode-se ponderar que o autor do conto acredita que a extinção dos povos indígenas ocorrerá a partir da proposição efetiva de civilização sob o viés do homem branco. Segundo Vilela, por meio da ficção, extinguir a cultura indígena no Brasil seria algo extremamente ruim e triste, uma vez que, esses povos são, por excelência, a mãe natureza, ou seja, a mãe pátria brasileira.