Gestão da política pública de imunização no município de Porto Velho: fatores de riscos associados à baixa cobertura vacinal

Abstract

A política pública de imunização foi criada para aperfeiçoar as campanhas de vacinação e prevenir o retorno de enfermidades imunopreveníveis. Assim, o Programa Nacional é aplicado em todo o território brasileiro, por meio do incentivo com campanhas de vacinação e calendário vacinal com informações sobre a idade e a dosagem de cada imunobiológico disponível. Entretanto, com o passar dos anos de sua implementação, é cada vez mais notável nas métricas classificadas pelo próprio Programa, a diminuição na cobertura vacinal de cada estado, sendo objeto de preocupação de gestores e agentes da saúde com o retorno de doenças já controladas no Brasil. A partir disso, faz-se necessário estudos com maior aprofundamento regional, avaliando especificamente a cobertura vacinal da população residente. Desta forma, o objetivo geral desta pesquisa é apresentar uma alternativa de visualização e controle dos imunizantes do calendário vacinal nos postos de aplicação, a partir da análise da distribuição de vacinas do município de Porto Velho. Quanto a metodologia, a pesquisa possui natureza exploratória utilizando como estratégia de investigação a Design Science Research alinhado ao Design Cycle proposto por Vaishnavi e Kuechler para desenvolvimento de um artefato. Os dados utilizados estão disponíveis no banco de informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS, bem como fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde – SEMUSA/Porto Velho. A partir da análise das informações, constatou-se a queda da cobertura vacinal de forma nacional, estadual e municipal, observando comportamentos semelhantes entre as três condições de cobertura, identificando seis tipos de vacinas com mais frequência de queda. Assim como a cobertura apresentou resultados negativos em comparação aos recomendados, consequentemente o número de doses também se encontra abaixo do esperado, resultando na preocupação do retorno de doenças já controladas ou combatidas. Com a mineração dos dados de distribuição, o artefato elaborado identificou 16 postos de aplicação distribuídos com aproveitamento espacial na região estudada, possibilitando a criação de um Sistema de Informação Geográfico-SIG que auxilie a consulta da população às vacinas disponíveis em determinados postos.