Evidenciação das operações com créditos de carbono: uma análise nas empresas pertencentes ao Índice de Carbono Eficiente (ICO2)

Abstract

Por causa das mudanças climáticas ocorridas nas últimas décadas, foi firmado, em 1997, o Protocolo de Quioto, que consiste no primeiro tratado internacional para controle de emissão de gases do efeito estufa. A partir disso, surgiu a possibilidade de tornar o carbono uma moeda de troca, surgindo, assim, os Créditos de Carbono (CC). A partir dessas informações, a presente pesquisa busca investigar quais informações sobre as operações com créditos de carbono são evidenciadas pelas empresas do Índice de Carbono Eficiente (ICO2). A partir de uma amostra de 62 empresas pertencentes à 12ª carteira do ICO2, e análise nos Relatórios de Administração, Notas Explicativas e Relatórios de Sustentabilidade referentes 2022, observou-se que apenas 13 empresas evidenciaram informações sobre projetos de créditos de carbono, cinco empresas demonstraram quantidades de TCO2 realizados, sete empresas evidenciaram a forma de geração de crédito carbono, duas relataram os custos de investimentos, três evidenciaram a forma de financiamento, uma evidenciou a instituição financiadora, uma apresentou os compradores, quatro empresas divulgaram o valor ou quantidades vendidas e três empresas evidenciaram o tipo de mercado. Quanto à contabilização e tributação, nenhuma empresa evidenciou informações relacionadas. A partir disso, concluiu-se que, em comparação com o estudo de Santos, Beuren e Rausch (2011), passados mais de 10 anos, houve uma queda em relação às informações evidenciadas nos relatórios das empresas pertencentes ao ICO2.