Sistema E-SUS no gerenciamento da saúde pública

Abstract

Vivenciou-se em 2020, no Sistema Único de Saúde (SUS), uma desconformidade no atendimento de abrangência e fluidez decorrente da rápida contaminação pelo vírus Sars-Cov2. Diante desse cenário, foram necessárias intervenções ágeis e abrangentes, onde as tecnologias digitais desempenharam um papel crucial, proporcionando acesso ampliado a informações e operações eficazes para decisões de saúde, com destaque para o e-SUS na atenção primária. O objetivo geral é estudar a contribuição do e-SUS na gestão organizacional de uma unidade de saúde da Família, a partir da percepção dos seus usuários, por meio de pesquisa qualitativa e quantitativa, utilizando o Método do Estudo de Caso e procedimentos como entrevistas semiestruturadas, Formulário ao respondente e observação, conforme orientações de Yin (2001). O tratamento dos dados se dá mediante a análise de conteúdo no que versa os conceitos de Bardin (2016), e as ferramentas aplicadas será da Matriz Bow Tie, para análise de risco, a ferramenta 5W2H e a Matriz SWOT, para análise de cenário no planejamento estratégico da organização. O estudo desenvolveu um modelo gerencial de saúde usando o e-SUS, destacando a adaptação dos servidores, eficiência e aceitação. Riscos foram identificados na análise, e as potencialidades do sistema influenciam decisões dos gestores para futuras pesquisas em gestão de saúde. Atualizações frequentes geram desequilíbrio, estresse e resistência no uso do sistema. No âmbito de futuras pesquisas, surge a proposta de aprofundar a investigação sobre as implicações das atualizações contínuas do sistema e-SUS. E desenvolver estudos futuros a partir da vertente do modelo de Aceitação de Tecnologia (TAM), explicando a aceitação da tecnologia com base na percepção dos usuários, fundamentados como indicação os estudos de Davis e Venkastesh.