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https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/290
Título: | A tela amazônica de Milton Hatoum em órfãos do Eldorado: análise dos matizes de discurso |
Autor(es): | Franzin, Sergio Francisco Loss |
Palavras-chave: | Amazônia História Mito Homem Espaço |
Data do documento: | 2012 |
Resumo: | Esta pesquisa consiste num estudo a respeito da novela de um escritor contemporâneo. O objetivo geral é demonstrar, pelos matizes de discurso, qual é a Amazônia representada por Milton Hatoum na obra Órfãos do Eldorado (2008), em sua dimensão histórica, geográfica, sociológica, linguística e pluricultural. O trabalho é feito segundo os princípios e instrumentais da análise do discurso, numa concepção atual de abordagem, pela qual é possível utilizar-se, de forma subjacente, das ciências de apoio para a análise. Órfãos do Eldorado é uma novela cujos discursos são matizados fortemente pelo espaço, pessoas, ambientações e comportamentos. Há uma recorrente espacialização do homem e uma personificação do espaço. O tempo, a História, os mitos, a diversidade cultural, as ideologias, os sonhos, as concepções políticas e filosóficas são elementos de planificação da novela. Vivências, memórias e reminiscências consistem nas principais linhas narrativas, além dos dilemas dos protagonistas, especialmente quanto à identidade, suplantada por uma contraidentidade. Ficção e realidade não estabelecem domínios em separado. Fatos como o trabalho escravo no extrativismo do látex da seringueira, as duas Grandes Guerras e ainda os mitos amazônicos caracterizam o espaço local de uma forma intensiva e com fortes traços de demarcação do regional; somam-se a essas abordagens os comportamentos e vivências de personagens envolvidas em profundos dramas existenciais. Os discursos de modalização intensiva, as técnicas de construção e a matização do regional configuram Órfãos de Eldorado como uma obra que pinta uma tela amazônica grave, marcada por ideologias (o progresso econômico, a liberdade) e contravenções (a corrupção política, a afronta à condição do outro). A cidade, a floresta e o rio são elementos distintivos que promovem conjugação e contraste, conforme se experimentam as vivências de integração e exploração, respectivamente. O homem se espacializa na medida em que se estabelece como um elemento irredutível da conformação local, cuja identidade é de integração com o meio; e o espaço é personificado pelos costumes e outras formas de representação cultural, numa exuberante diversidade de raças, espécies, traçados e cores. |
Descrição: | Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Letras, da Universidade Federal de Rondônia, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Letras. Prof. Orientador: Dr. Júlio César Barreto Rocha |
URI: | http://www.ri.unir.br/jspui/handle/123456789/290 |
Aparece nas coleções: | Mestrado Acadêmico em Letras (Dissertações) |
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