Escutas sensíveis ao modo criança: narrativas em mini-histórias do protagonismo das crianças na educação infantil

Abstract

O objetivo dessa pesquisa foi destacar a participação e o protagonismo das crianças no cotidiano escolar a partir de uma escuta sensível das narrativas infantis. Metodologicamente a pesquisa se insere na abordagem qualitativa, do tipo pesquisa participativa com crianças, e buscou responder as seguintes questões: Quais as concepções das professoras da EI de Vilhena sobre o protagonismo infantil? Como se dá o protagonismo da criança nos espaços da EI? É possível documentar pedagogicamente o protagonismo das crianças em mini-histórias? Com isso, realizou-se observações em uma escola pública, junto às crianças da Educação Infantil, durante os anos de 2021 a 2023, de modo a ouvir suas vozes e experiências vivenciadas no cotidiano escolar sobretudo, nos momentos livres e espontâneos, como hora do lanche, hora do parquinho, entre outros. Além disso, utilizou-se no primeiro momento investigativo um questionário de pesquisa que buscou conhecer as concepções das professoras que trabalham com a Educação Infantil do município de Vilhena-RO, a fim de tecer considerações sobre percepções das formadoras, de modo a associá-las à realidade experienciada pelas crianças no espaço escolar. Como instrumentos para a realização da investigação utilizou-se também de registros fotográficos e registros em um caderno de campo. A intenção foi registrar, documentar e compartilhar os registros em mini-histórias infantis, criadas pelas crianças no cotidiano escolar, nas ações especialmente não planejadas, livres, espontâneas das crianças, caracterizando assim, uma pedagogia participativa, uma pedagogia da escuta (Malaguzzi, 2001). Os autores mais utilizados nessa pesquisa foram Antônio e Tavares (2018), Carvalho e Fochi (2016), Edwards et. Al (2015) e Fochi (2015), Malaguzzi (2001), Rinaldi (2016) e Sarmento (2003, 2008, 2011, 2015). Através do processo de pesquisa, foi possível observar que a criança protagonista se expressa, sabe dizer com autonomia de suas vontades, dar as suas opiniões, formular hipóteses, criar novas possibilidades de significação do mundo, de forma imaginativa, criativa, espontânea, curiosa, autêntica, que são diferenciadas do adulto.