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Título: Poética beradeira de Elizeu Braga na obra Mormaço: resistência e decolonialidade
Autor(es): Peres, Valcélia Sampaio
Palavras-chave: Decolonialidade
Resistência
Amazônia
Elizeu Braga
Data do documento: 2023
Citação: PERES, Valcélia Sampaio. Poética beradeira de Elizeu Braga na obra Mormaço: resistência e decolonialidade. 2023. 81 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: Esta pesquisa trata de aspectos decoloniais e traços de resistência que circundam a produção literária do rondoniense Elizeu Braga, a partir de seis poemas da obra Mormaço, publicada em 2016: “mormaço”, “parente”, “tenho tribo”, “o trem”, “homem boi” e “alma palavra”. A “poética beradeira” do autor é resultado de sua vivência, luta e combatividade junto à paisagem amazônica, repercutindo numa aguçada consciência histórica e política, que gera um movimento de “resistência poética” presente em sua obra, versando contra os mais diversos tipos de negações e exploração impostos ao espaço, ao povo e às culturas amazônicas. A relevância científica deste trabalho se inscreve na análise de uma poética fundada na quebra do paradigma da função histórica da literatura, apresentando uma possibilidade de reinvenção e de mudança pelo campo poético epistemológico. Para o desenvolvimento do presente estudo, foi utilizada a pesquisa bibliográfica. Neste contexto, o trabalho suscitou diálogos entre a poética estudada, os estudos pós-coloniais e decoloniais, a partir da abordagem teórico-analítica trazida por Aimé Césaire (1978), Aníbal Quijano (2002; 2005), Enrique Dussel (1993), Walter Mignolo (2008) e Edward Said (2011); nos estudos sobre literaturas de resistência e a função social do autor, dialoga-se com Alfredo Bosi (2002; 2012) e Mikhail Bakhtin (2006); sobre identidade e cultura amazônica, buscou-se o apoio teórico de Zilá Bernd (2003), João de Jesus Paz Loureiro (2015) e Márcio Souza (2021); sobre performance, a análise foi alicerçada nos estudos de Paul Zumthor (1993; 1997; 2018) e Renato Cohen (2002), entre outros. Identificou-se que o projeto literário de Braga estende suas estratégias para além da escrita, envolvendo opções como a performance - quando usa o corpo e a voz para comunicar as vozes que falam na poesia - e a cartonagem, quando produz sua obra a partir de materiais reciclados, \de material, apoio à causa ambiental e apoio financeiro direto aos sujeitos da coleta, ações que retratam o pensamento e opções decoloniais. Desse modo, a escrita de Braga se inscreve como um fazer poético e epistemológico decolonial, na medida em que denuncia, expõe, propõe mudanças e se aproxima das chamadas epistemologias do Sul, aqui embasadas nos estudos de Boaventura Souza Santos (2021), imprimindo sentido social e transformador através do conhecimento produzido.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4912
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (Dissertações)

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