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Title: Um velho que lia romances de amor: fissuras nas relações entre os humanos e os e os outros-que-humanos
Authors: Lopes, Ronilson de Sousa
Keywords: Literatura
Ecocrítica
Espaço narrativo
Issue Date: 2021
Citation: LOPES, Ronilson de Sousa. Um velho que lia romances de amor: fissuras nas relações entre os humanos e os e os outros-que-humanos. 2021. 87f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (MEL). Universidade Federal de Rondônia, 2021.
Abstract: A presente pesquisa debruça-se sobre as relações entre literatura e meio ambiente, sobretudo as relações entre o humano e o não humano ao longo do romance Um velho que lia romances de amor (1993), de Luis Sepúlveda, a partir da ecocrítica compreendida como o estudo das relações entre o humano e o não humano. Como ponto de partida teórico, foi levado em consideração o conceito de razão instrumental discutido inicialmente pelas perspectivas dos filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer (1995), segundo os quais as relações entre humanos e não humanos são sobretudo dirigidas pela razão moderna e instrumental, que os trata como meios e não como fins. Importa a este trabalho o modo como acontecem as relações que envolvem humanos e não humanos, também nomeados ―outros-que-humanos‖ ou ―outros à parte dos humanos‖; e como são construídas ficcionalmente no romance, o que implica, por sua vez, a participação do recurso estilístico da ironia, cujos pressupostos básicos serão retomados a partir do trabalho Ironia, revolução e literatura (1989) de Lélia Parreira Duarte. Simultaneamente, o enfoque das intersecções entre literatura e meio-ambiente exige o estudo dos vínculos entre os personagens principais e o espaço ficcional em que se entrevê os conflitos e a constituição da subjetividade do outro, não humano; e a análise do tema da violência que perpassa tais vínculos ao longo de toda a narrativa mostrando-se flagrante no delineamento do processo simbólico da histórica colonização, originando os conflitos entre razão ocidental e ―razão nativa‖, expresso pelas personagens ―brancas‖ e indígenas, sugerida no espaço romanesco. Foram destacados no estudo alguns aportes teóricos que embasarão o tratamento da questão animal, como o filósofos Friedrich Nietzsche (1999), Jacques Derrida (2002), Peter Singer (1989), Gary Francione (2019), Dominique Lestel (2011), Fabián Ludueña Romandini (2012), Mario Perniola (2016) e Leonardo Boff (2011) e Gabriel Giorgi (2011), além dos trabalhos críticos de Benedito Nunes (2011) e Maria Esther Maciel (2011). Lança-se mão, ainda, de alguns trabalhos representativos da fortuna crítica da obra do autor, de estudiosos como Maria de Fátima Outeirinho (2008), Juan Gabriel Araya Grandón (2012), Francis del Valle Bravo (2010), Ângela Balça e Fernando Azevedo (2015).
Description: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (MEL), na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Estudos Literários. Orientador: Profª Drª Heloísa Helena Siqueira Correia.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/3707
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