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Título: Os processos de transculturação narrativa em La Mujer Habitada, de Gioconda Belli
Autor(es): Duarte, Laila Karla Lima
Palavras-chave: Gioconda Belli
Romance nicaraguense
Transculturação
Data do documento: 2022
Citação: DUARTE, Laila Karla Lima. Os processos de transculturação narrativa em La Mujer Habitada, de Gioconda Belli. 2022 99 f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (MEL). Universidade Federal de Rondônia (UNIR), 2022.
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar como o romance La mujer habitada (1996), de Gioconda Belli, dialoga com o conceito de transculturação, termo cunhado pelo crítico Ángel Rama (2001); assim como discorrer sobre a forma pela qual a concepção do realismo maravilhoso, denominação elaborada pela estudiosa Irlemar Chiampi (2008), está engendrada no romance. E a partir das protagonistas Lavínia e Itzá compreender como as questões da identidade e da memória feminina são representativas no romance. Considera-se que as vivências das personagens femininas no âmbito ficcional romanesco podem ser tomadas como representantes das vivências sócio-históricas das mulheres nas sociedades através dos tempos e, notadamente, na sociedade nicaraguense. Na narrativa, encontra-se a sobreposição histórica de duas temporalidades da Nicarágua, abarcando os períodos da invasão dos espanhóis no século XVI e do período ditatorial no século XX. O romance apresenta várias personagens femininas, entre elas, uma personagem narradora, indígena chamada Itzá que conta sua história ao leitor, seu (re)nascimento em uma laranjeira, a luta contra os invasores espanhóis e seu processo de libertação como mulher; e a personagem Lavínia, mulher do século XX que luta contra a ditadura e enfrenta situações conflituosas em decorrência de seu gênero. Retomaremos o conceito de personagem elaborado pelo crítico brasileiro Antonio Candido (2011) e pelo teórico Anatol Rosenfeld (2011) para nos aproximarmos das personagens da obra; os processos temporais no interior da narrativa a partir do trabalho teórico de Jean Pouillon (1974), como meio de investigação do tempo narrativo no romance; abordamos o teórico Yves Reuter (2002) e suas concepções de como o espaço é constituído no romance, a concepção de identidade será a trabalhada por Zilá Bernd (1992), que ao mesmo tempo que permite várias reflexões também levanta questionamentos acerca do conceito; além de algumas colocações do historiador Jacques Le Goff (1990) acerca das relações entre memória e identidade, dupla de conceitos latente ao longo do enredo, bem como o trabalho crítico-investigativo sobre as mulheres ao longo da história da humanidade, da historiadora francesa Michelle Perrot (1988). Dessa maneira, podemos observar como as dimensões sociais estão imbricadas na construção da narrativa, e compõem a representação da realidade social na qual as personagens estão inseridas.
Descrição: Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários (MEL), na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), como requisito final para obtenção do título Mestre em Estudos Literários. Orientadora: Prof.ª Drª. Heloísa Helena Siqueira Correia.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/3744
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