Amostragem de parcelas permanentes em áreas de manejo florestal na Amazônia Ocidental com foco na composição e crescimento de árvores de corte futuro.

Abstract

O Manejo Florestal Sustentável é estruturado por técnicas que interferem de forma sustentável, para que a dinâmica florestal, seja impactada positivamente, para garantir a permanência das florestas para geração futura. No manejo sustentável, o monitoramento das florestas é extremamente importante, uma vez que por meio deste é possível observar se o manejo florestal é viável. Diante disso, foram criadas as diretrizes técnicas para o monitoramento de florestas naturais da Região Amazônica, como tentativa de padronização das medições e instalações das parcelas permanentes que é a principal ferramenta para o monitoramento. Mesmo com a criação das diretrizes, nota-se a falta de estudos referentes ao tamanho, intensidade amostral e processo de amostragem para parcelas permanentes na Região Amazônica, de forma a garantir que a amostragem seja realmente representativa da população. Este estudo teve como objetivo analisar o tamanho e forma de parcelas, a intensidade amostral e o melhor processo de amostragem – entre o aleatório e sistemático – para o levantamento e monitoramento florestal, visando a análise de diferentes simulações de amostragem para o monitoramento do crescimento e produção de florestas naturais submetidas a exploração florestal. O estudo foi realizado em uma Unidade de Produção Anual (UPA 05), localizada na Unidade de Manejo Florestal III (UMF-III), na Floresta Nacional do Jamari (Flona do Jamari), no estado de Rondônia. Foram utilizados os dados do censo (Inventário 100%) dos indivíduos com DAP ≥ 40 cm, como parâmetro do valor real para comparação com as estimativas das variáveis quantitativas de densidade (DA), área basal (G) e volume (V). Para análise dos resultados foi observado os valores dos erros de amostragem relativos. Foram geradas 32 simulações para cada variável - DA, G, V, sendo tamanho e formas de parcelas (50x50m; 50x100m; 50x200m e 100x100m), intensidade amostral (5%; 3%; 1%; 0,5%) e processo de amostragem (aleatório e sistemático). Os resultados deste trabalho demonstram que as intensidades testadas não se apresentaram suficientes para contemplar todas as espécies existentes na área (67 espécies). O tamanho da parcela, forma, intensidade ideal e processo de amostragem que se demonstrou mais eficiente com menor erro relativo foi a parcela de 0,25 hectares, quadrada, a uma intensidade amostral de 5%, pelo processo de amostragem aleatório para amostragem de árvores com DAP ≥ 40 cm.