Pessoas em situação de rua no Brasil: direitos humanos e educação social de rua

Abstract

A pobreza é um fenômeno que atinge inúmeras pessoas no Brasil e, como consequência disso, a rua tem tornado-se local de ocupação e sobrevivência dessa população. Pensando nisso, decidimos fazer uma pesquisa para conhecer as circunstâncias e as razões pelas quais tantas pessoas tem enfrentado esse cruel destino. Além disso, a realização desta pesquisa, justifica se pela carência de produção bibliográfica e pela necessidade de elaboração de materiais científicos para que sirvam de apoio aos profissionais que atuam na defesa e garantia de direitos das pessoas em situação de rua, principalmente as que trabalham com Educação Social. Essa pesquisa é qualitativa e tem como referencial teórico-metodológico a Fenomenologia, de Maurice Merleau Ponty e a Sociologia do Cotidiano, de José Machado Pais. O objetivo geral, foi mapear profissionais e instituições que pesquisam e/ou trabalham com pessoas em situação de rua no Brasil. Em específico, identificar as atividades desenvolvidas e descobrir como a Educação Social de rua contribui para este processo de garantia de direitos humanos e justiça social. Após a pesquisa bibliográfica e documental, fizemos uma produção de dados online que se iniciou a partir da rede Situação de Rua no Instagram. Essa Rede é coordenada pelo grupo Humanize/DACIE/UNIR. Realizamos a pesquisa através de um observatório online, para a produção e análise dos dados. Os resultados foram analisados a partir de gráficos, disponíveis no final da pesquisa. Para facilitar a análise de dados, distribuímos os grupos em sete categorias: 1). Organizações Não Governamentais (ONG) 2). Políticas públicas 3) Ações sem fins lucrativos 4) Associações 5) Instituições religiosas 6) Institutos e 7) Fundações. As ações foram mapeadas por região, grupos e ações desenvolvidas e foram classificadas em Socioassistencial, Políticas Públicas, Educação, saúde e garantia de direitos. Esse recorte, permitiu-nos verificar como essa população sobrevive, o que sentem, como são ou não identificadas pelo sistema e em que grau são ou não prioridade nas pautas de governo. Também foi possível conhecer de que forma esses profissionais atuam na defesa e garantia de seus direitos.