Os (Des)caminhos da interprofissionalidade em uma universidade federal do norte: discursos e práticas docentes e discentes

Abstract

As instituições de ensino de graduação em saúde têm a responsabilidade de ensinar e treinar alunos para garantir sua capacidade de adaptação aos desafios e atender às necessidades de saúde que precisam distanciar-se do ensino uniprofissional e fragmentado. Objetivo: Analisar as percepções atribuídas por discentes e docentes acerca da interprofissionalidade, bem como desafios e potencialidades para implantação da Educação Interprofissional nos cursos de graduação da saúde em uma universidade pública da Região Norte. Material e Métodos: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e de abordagem qualitativa, com docentes e discentes de quatro cursos da área de saúde da universidade. A coleta de dados se deu por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado. Foi realizada a análise de conteúdo com auxílio do Software MaxQda Analytics Pró-2022. Resultados: Foram entrevistados 25 indivíduos entre docentes e discentes dos cursos de saúde da universidade. A partir da aplicação da análise de conteúdo de Bardin, emergiram duas categorias e suas subcategorias: 1) Barreiras para Educação Interprofissional na Universidade; e 2) Potência da Educação Interprofissional na formação e nas intervenções em saúde. Considerações finais: É perceptível, o desconhecimento da educação interprofissional e das práticas interprofissionais colaborativas por grande parte da comunidade acadêmica. Atividades extracurriculares como, o PET-Saúde destacou-se, como iniciativa para superação de ensino uniprofissional, além de outras atividades. Foram levantadas reflexões importantes em pensar estratégias de implantação da EIP nos cursos, como forma de potencializar outro modelo de formação em saúde na universidade.