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Título: Cartografia de palavras: espaço-tempo em Yuxin, alma de Ana Miranda
Autor(es): Ferreira, Juliana Freitas Budin
Palavras-chave: Cartografia simbólica
Yuxin, Alma
Ecologia de saberes
Cartografia de palavras
Data do documento: 2023
Citação: FERREIRA, Juliana Freitas Budin. Cartografia de palavras: espaço-tempo em Yuxin, alma de Ana Miranda. 2023. 99 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Estudos Literários) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: Esta dissertação analisa o cronotopo da mata que compõe o espaço do romance Yuxin, Alma (2009), de Ana Miranda. Contemplando uma leitura da espacialidade cartografada da região das bacias do rio Juruá e Purus, entre o Brasil e o Peru, realizada pelo francês Jules-André-Arthur Hansen (1849-1931) e descrita no mapa como “région déserte de la grande forét”, em Yuxin, Alma. A partir disso, propomos, primeiramente, a hipótese de que a construção estilística do espaço-tempo, o cronotopo da mata, é representado por meio de uma cartografia de palavras, ou seja, um mapa tecido pelas palavras, que propicia ao leitor uma revisitação na história, uma reformulação do espaço-tempo, pois desvenda valores inestimáveis da cultura, alteridade e biodiversidade do povo Hunikuin e da região amazônica representada, que há muitos anos foram temáticas subestimadas pelas literaturas nacionais e internacionais. Ao avaliar os cenários e a natureza, suas relações com o todo narrativo e suas transformações e ressignificações, percebemos que todo esse conhecimento é regado pelo ponto de vista da narrativa da personagem narradora Yarina, por meio de uma interlíngua que se compõe de palavras, músicas e dos pensamentos visuais da personagem, conforme a própria autora admite, eles formam uma ecologia de saberes, uma pluralidade de conhecimentos heterogêneos, os quais compõe essa cartografia de palavras. Esses saberes constroem o espaço-tempo, o qual dissecamos mediante a contribuição de alguns teóricos de grande relevância nesse estudo, como Boaventura de Sousa Santos (1988), que conceitua alguns aspectos desse espaço-tempo com a cartografia simbólica; Mikhail Bakhtin (2002), com a teoria do cronotopo, que conduz os estudos a respeito da construção do espaço-tempo no romance; e finalizamos com Boaventura de Sousa Santos (2007), nos utilizando de sua abordagem acerca da ecologia de saberes, conceito esse que reflete a importância dos múltiplos saberes presentes na literatura.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/4922
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