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Título: Água superficial, solo e serapilheira em gradientes de ocupação de áreas de preservação permanente na Microbacia do Rio Manicoré.
Autor(es): Maltezo, Ketlen Faião Alves Maltezo
Palavras-chave: Gestão de microbacias hidrográficas;
Recuperação de ecossistemas;
Indicadores de qualidade ambiental;
Correlação de Spearman.
Data do documento: 15-Mar-2023
Citação: MALTEZO, K. F. A. Água superficial, solo e serapilheira em gradientes de ocupação de áreas de preservação permanente na Microbacia do Rio Manicoré. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas Amazônicos da Universidade Federal de Rondônia, Campus Rolim de Moura, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestra em Agroecossistemas Amazônicos, sob a orientação da Professora Dra. Kenia Michele de Quadros Tronco.
Resumo: As Áreas de Preservação Permanente (APPs) são consideradas ambientes frágeis, indispensáveis para garantir a dinâmica dos ecossistemas e seus diferentes compartimentos. A mata ripária, localizadas nas APPs, são áreas comumente alteradas pelo impacto das atividades antrópicas não planejadas. É possível que a qualidade da água seja influenciada pela degradação do solo e vegetação, sendo necessário estudos em cursos d’água que abastecem cidades com vistas a auxiliar na manutenção e recuperação desses ecossistemas. O objetivo desse trabalho foi verificar ao longo de gradientes de ocupação, a variação espacial e temporal dos parâmetros físico-químicos da água, classificar e identificar a presença de agrotóxicos no curso d’água com base na legislação vigente, mensurar os atributos do solo no espaço e no tempo e estoque de serapilheira e realizar a correlação entre variáveis. O estudo foi realizado no estado de Rondônia, em nove propriedades particulares que se encontram às margens da microbacia rio Manicoré. Foram selecionadas de acordo com o grau de ocupação florestal, totalizando 35 unidades amostrais. Foram definidas com base na cobertura florestal das áreas por meio de imagens aéreas do local. As áreas de APP com alto grau de cobrimento florestal, foram consideradas de alta ocupação; as áreas com presença de pastagens e fragmentos florestais descontínuos foram consideradas de média ocupação; e áreas contendo somente pastagem, solo exposto e com copas de árvores isoladas, de baixa ocupação. Foram coletadas 35 amostras de água superficial e 6 para análise de agrotóxicos. Para o solo, foram coletadas amostras deformadas e indeformadas na profundidade de 0-40 cm e na profundidade 40-80 cm em cada ponto, totalizando 71 amostras. As amostras de serapilheira foram coletadas utilizando o método do estoque. Para os testes estatísticos adotou-se como valores críticos o nível de significância de 95% e p ≤ 0,05, com a premissa de avaliar as diferenças significativas entre os gradientes estudados, como também no tempo. Os maiores resultados na alta ocupação, foram do pH da água, a condutividade, os coliformes totais, a alcalinidade e o sódio. O conteúdo de sólidos totais, potássio, nitrato, coliformes fecais e coliformes totais, foram mais sensíveis à variação temporal. Os resultados de agrotóxicos atenderam aos padrões de qualidade da água. Constatou-se maior aporte de matéria orgânica nas camadas mais superficiais, potássio e teor mais alto de argila e silte na alta ocupação. As diferenças significativas foram observadas para os atributos físicos do solo como silte, areia, porosidade total e densidade. Com relação a serapilheira, o aporte de folhas e material lenhoso foram as maiores contribuições para a biomassa no gradiente de alta ocupação. Para o gradiente com alto grau de ocupação destacase a correlação negativa entre o pH e a condutividade da água. As correlações mais fortes verificadas na área de média ocupação foram constatadas entre a soma de bases e o magnésio no solo. Os parâmetros da água indicam boa qualidade, principalmente nas áreas mais vegetadas, sendo necessário ampliar as análises para afirmar sobre a qualidade para consumo humano. As áreas de alta ocupação demonstraram maior qualidade do solo e serapilheira, favorecendo a ciclagem de nutrientes nesses ambientes. Conclui-se que as correlações entre as variáveis de água, solo e serapilheira diminuíram da área de alta para a baixa ocupação.
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas Amazônicos da Universidade Federal de Rondônia, Campus Rolim de Moura, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestra em Agroecossistemas Amazônicos, sob a orientação da Professora Dra. Kenia Michele de Quadros Tronco.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/5024
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