Assimetrias de acesso e (in)visibilidade das pessoas transgênero na Atenção Primária à Saúde de Porto Velho – Rondônia

Abstract

A Atenção Primária à Saúde (APS), sendo a porta de entrada para os serviços de saúde, necessita de ações direcionadas para minimizar a exclusão e desigualdades entre grupos sociais, especialmente a população transgênero. Objetivo: Conhecer as percepções de pessoas transgênero acerca do acesso no primeiro contato na APS em uma capital do norte do Brasil. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os participantes foram pessoas transgênero, a coleta de dados foi realizada entre novembro a dezembro de 2023 através de roteiro de entrevista semiestruturada. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo de Bardin, com auxílio do Software MaxQda Analythics Pró-2024. Resultados: Foram entrevistadas onze pessoas, em sua maioria homens trans. Emergiram três categorias da análise de conteúdo: “O modus operandi da assistência à saúde para pessoas trans”; “Desafios recorrentes sobre a identidade de gênero na atenção à saúde na APS”; “O acesso restrito aos serviços da APS dos dissidentes da heterocisnormatividade”. Considerações finais: As atitudes preconceituosas dos profissionais levam as pessoas transgênero a evitarem os serviços de saúde, por isso automedicação é um recurso frequentemente utilizado. Propõe-se a implementaçãode educação permanente e implementação da busca ativa no território com apoio dos agentes comunitários de saúde.