Características demográficas e parasitárias da Malária da capital de fronteira brasileira entre 2018 e 2022

Abstract

Introdução: No ano de 2021 o Brasil registrou 1.350 casos de malária importados de outras nações, sendo que 93,0% ocorreram na região amazônica e 7,0% em áreas não amazônicas. Desses casos importados, 74,3% tiveram origem em países da região das Américas, significando que a malária continua um grave problema de saúde pública. Objetivo: Caracterizar os casos de malária nas regiões de fronteira de Porto Velho – RO entre 2018 e 2022. Método: Estudo epidemiológico, ecológico, quantitativo, visando descrever a frequência e a distribuição das notificações dos casos de malária registrados na cidade de Porto Velho – RO entre os anos de 2018 e 2022, Rondônia, Brasil. Resultado: Evidenciou-se maior número no sexo masculino (61,2%), faixa etária 18 – 60 anos (57,2%), raça/cor parda (62,3%), com ensino fundamental 51,1% e ocupação predominante agricultura (20,4%), com casos importados em sua maioria da América do Sul (2,0%), da região Norte do Brasil (41,0%), com valores expressivos para o Amazonas (39,2%) e o tipo de parasita predominante foi o P. Vivax (86,0%). Conclusão: A caracterização do perfil sociodemográfica reforça a predominância de casos entre atividades laborais de maior exposição. A presença de casos importados, principalmente de países da América do Sul, destaca a importância das fronteiras na disseminação da doença, apresentando desafios adicionais para o sistema de saúde local.