Impacto do programa de transferência de renda nos desfechos dos casos de tuberculose em Rondônia

Abstract

Analisar o impacto do programa de transferência de renda do governo nos desfechos dos casos de TB em Rondônia, no período de 2015 a 2020. Métodos: Trata-se de um estudo analítico, do tipo transversal e abordagem quantitativa que foi realizado em Rondônia, a partir dos registros das variáveis clínicas, exames diagnóstico e de acompanhamento dos casos de TB notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2015 a 2020, em Rondônia. Foram considerados como critérios de inclusão, indivíduos residentes no estado, e como exclusão os casos em que apresentavam a variável beneficiário de programas de renda do governo em branco ou ignorado. Os dados foram analisados por meio de distribuição de frequência, teste Qui-quadrado e exato de Fisher, considerando um nível de significância de 5%, após atender aos preceitos éticos. Resultados: Verificou-se que, no período analisado, houve diferença estatística em relação a ser beneficiário (ou não) do programa de transferência de renda do governo e o tipo de entrada (p=0,037), população privada de liberdade (p=0,000), imigrante (p=0,017), uso de drogas ilícitas (p=0,005), diabetes mellitus (p=0,001), doença mental (p=0,000), outras doenças e agravos associados (p=0,000), radiografia de tórax (p=0,005) e teste de sensibilidade (p=0,011), HIV (p=0,024), tratamento diretamente observado (p=0,000), unidade de saúde de notificação (p=0,000) e de tratamento (0,015), contatos examinados (p= 0,000) e situação de encerramento (p=0,018). O maior número de casos de TB que era beneficiário do programa de transferência de renda do governo foi notificado, principalmente nos municípios dos extremos do estado (norte e sul), os quais também se caracterizavam como municípios de residência. O tempo médio para início do tratamento foi de 5,02 dias (DP 24,237) e encerramento foi de 174,44 dias (DP 82,014). Conclusão: Diante de tais de achados, torna-se necessário a implementação de estratégias que garantam a segurança social, onde a disponibilidade de benefícios financeiros pode contribuir em outras demandas, tais como alimentação e transporte, auxiliando na adesão ao tratamento e erradicação da doença.