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Título: O apagamento do -R em final de infinitivos verbais na escrita de alunos de 6º ano de Porto Velho - RO
Autor(es): Oliveira, Sabrina Evelyn Cruz
Palavras-chave: Fonologia
Consoante rótica
Oralidade
Escrita
Infinitivos verbais
Data do documento: 2023
Citação: OLIVEIRA, Sabrina Evelyn Cruz. O apagamento do -R em final de infinitivos verbais na escrita de alunos de 6º ano de Porto Velho - RO. 2023. 107 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Mestrado Acadêmico em Letras) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar os fatores linguísticos condicionantes do fenômeno de apagamento do -R em final de infinitivos verbais na escrita de estudantes de Porto Velho - RO e sua relação com a oralidade. Pesquisas linguísticas como a de Callou, Moraes e Leite (1998, p. 72) constatam que o apagamento do /R/ final na fala é hoje uma variação estável, passando, praticamente, a ser uma norma introduzida na comunidade. Buscamos, assim, entender como esse fenômeno, que ocorre na oralidade, pode estar relacionado à escrita de infinitivos verbais sem o -R final, a partir da investigação dos seus possíveis fatores condicionantes e visando refletir a relação da fonética e da fonologia da língua portuguesa com a escrita. Esta análise ampara-se nos modelos teóricos de base gerativa, como estudos sobre Fonologia Prosódica, Teoria da Sílaba e Teoria dos Traços, entre outros, e organiza-se metodologicamente em quatro etapas principais: i) coleta e organização de textos de alunos do 6º ano; ii) coleta e organização de casos de apagamento do -R no final de infinitivos verbais; iii) quantificação, organização do corpus; iv) descrição e análise dos dados coletados. Ao analisar as 104 redações coletadas, constatamos que, dos 618 infinitivos verbais escritos, houve 127 ocorrências de apagamento do rótico em posição de coda final, o que corresponde a 20,55% do total, que varia entre verbos de 1ª, 2ª e 3ª conjugações, como “busca”, “come” e “dormi”. Assim, buscamos investigar se essa tendência pode ser observada também na escrita de alunos de 6º ano de Porto Velho e quais são seus possíveis fatores linguísticos condicionantes, tais como: simplificação da estrutura da sílaba para o padrão CV; contexto fonológico seguinte; contexto fonológico precedente quanto ao traço de altura; extensão do vocábulo; entre outros. Como resultados a partir dessas análises, podemos considerar: i) os alunos informantes estão em fase de aprendizagem das convenções da escrita; ii) a posição de coda final influencia o apagamento de /R/ na fala e, por conseguinte, pode influenciar a forma não-convencional de apagamento do -R na escrita de infinitivos verbais; iii) o contexto fonológico – tanto precedente como seguinte – pode influenciar o (não) apagamento do rótico, que, a partir dos dados analisados, se mostra mais frequente em verbos de 1ª conjugação e seguidos de consoante. Os dados evidenciam que, ao fazerem o uso da escrita, as hipóteses construídas pelos alunos não são feitas de maneira aleatória, mas podem ser motivadas pela oralidade, considerando que estão em fase de amadurecimento linguístico. Este estudo busca, portanto, auxiliar na percepção da relação entre oralidade e escrita e no exercício de reflexão e análise linguística.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/5181
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Letras (Dissertações)

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