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Título: Territórios agrihidroflorestais em disputas nas amazônias do oeste do Pará: (re)existências dos povos amazônicos das terras-águas-florestas e a invasão do agronegócio
Autor(es): Conceição, Francilene Sales da
Palavras-chave: Geografia Agrária
Povos Amazônicos
Agronegócio
Territórios AgriHidroFlorestais
Amazônia do Oeste Paraense
Data do documento: 22-Dez-2023
Citação: CONCEIÇÃO, Francilene Sales da. Territórios agrihidroflorestais em disputas nas Amazônias do Oeste do Pará: (re)existências dos povos amazônicos das terras-águas-florestas e a invasão do agronegócio. 2023. 318f. Tese (Doutorado em Geografia) - Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2023.
Resumo: O espaço agrário/hídrico/florestal da região oeste do estado do Pará vem sendo alvo do(a) desenvolvimento, expansão e acumulação capitalista. A territorialização do agronegócio sojeiro invade as TAFs, transformando esses múltiplos territórios em mercadorias e propriedade privada para atender a demanda exógena de commodities. Esta Tese de Doutorado tem como objetivo geral analisar a invasão e expansão do capitalismo global na Amazônia a partir da territorialização do agronegócio (1997-2023) nos Territórios AgriHidroFlorestais Amazônicos, que atinge os territórios dos povos amazônicos (campesinato, povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos(as), pescadores(as) e extrativistas e citadinos), bem como demonstrar a importância e força das (re)existências dos povos amazônicos nos Territórios AgriHidroFlorestais Amazônicos na região do oeste do estado do Pará, mesorregião Baixo Amazonas, Amazônia Oriental. E como objetivos específicos se buscou: Entender as dinâmicas agrárias na Amazônia, a partir do avanço do agronegócio como projeto territorial, que tem invadido e transformado as Terras (Campos), Águas (Rios) e Florestas (TAFs) em território do capital global; Compreender as múltiplas territorialidades no interior das relações capitalistas de produção, que vivem e trabalham nos Territórios AgriHidroFlorestais Amazônicos, nas quais qualificam a Amazônia como mosaico territorial dos povos amazônicos; Analisar as disputas por Territórios AgriHidroFlorestais Amazônicos e a espacialização dos conflitos agrários e territoriais que envolve povos amazônicos e agronegócio no “Mundo Amazônico” das Terras, Águas e Florestas (TAFs) do Oeste da Amazônia Paraense Tapajônica; Identificar as diversidades de lutas sociais e (re)existências territoriais como estratégia de recriação social nos Territórios AgriHidroFlorestais Amazônicos frente ao avanço do capital global do agronegócio na região oeste paraense do planalto santareno. O recorte espacial é o oeste do estado do Pará, com destaque para os municípios de Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos, situados na mesorregião do Baixo Amazonas, municípios sob a influência da rodovia federal BR-163 (Cuiabá-Santarém) (Amazônia das Estradas) e do rio Tapajós (Amazônia dos Rios e/ou Amazônia Fluvial). O método adotado é o materialismo histórico e dialético e a pesquisa possui uma abordagem qualitativa com caráter descritivo/exploratória. Como procedimentos metodológicos se utilizou: 1) Pesquisa bibliográfica: revisão teórica-metodológica referente aos estudos da geografia agrária e territorial do Brasil e da Amazônia brasileira; 2) Pesquisa documental: revisão de documentos, registros e relatórios; 3) Pesquisa estatística: revisão de dados quantitativos, gráficos e tabelas; 4) Pesquisa de campo (entrevistas não estruturadas e semiestuturadas com pessoas e/ou representantes de grupos/classes sociais de comunidades/aldeias/cidades, movimentos sociais, associações, organizações, instituições e órgãos (poder público e da iniciativa privada). Além de conversas informais (diálogos subjetivos), fazendo uso do caderno de campo. Fez-se registros de imagens por meio de fotografias digitais, fotografias aéreas e elaboração de produções cartográficas. Portanto, a relação entre capital-natureza e capital-povos amazônicos se volta totalmente para os mercados globais, pois os povos das TAFs são subordinados à lógica excludente, contraditória e desigual, resultando em conflitos agrários e territoriais na sua totalidade. Essa é a geografia agrária e territorial do oeste paraense, onde se localizam múltiplos territórios e pluralidade de territorialidades e que vem sofrendo coerções territoriais do agronegócio. O avanço da produção agrícola e sistemas logísticos (rodovias, portos, ferrovias e hidrovias), resultado na devastação da natureza e ocasionado impactos socioeconômicos, políticos e culturais nos Territórios AgriHidroFlorestais Amazônicos, cristalizado na Desamazonização da Amazônia.
URI: https://ri.unir.br/jspui/handle/123456789/5343
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