Percepções de acadêmicas em anos finais do Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Rondônia, Campus de JI-Paraná sobre identidades indígenas

Abstract

Tendo em vista a minha formação docente e de meus pares, estudantes concluintes do curso licenciatura em Pedagogia, visto que estamos na região norte e que no campus Ji-Paraná da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, possuir um curso voltado a formação de professores indígenas, questiono as concepções de identidade e diferença indígenas que meus pares formaram ao longo de sua educação básica e superior, de modo a problematizar os estereótipos que cerceiam o ambiente escolar, onde atuaremos como docentes. A metodologia aplicada a este estudo foi uma pesquisa qualitativa em educação (SILVEIRA, 2007), tendo como método de levantamento de dados, entrevistas semiestruturadas com seis acadêmicas do curso de pedagogia, visto o quantitativo elevado de mulheres neste curso de pedagogia. Sob reflexão de autores como Hall (2006), Bonin (2007), Quijano (1992) e Bhabha (1997). Diante disso verificou-se que as concepções das acadêmicas, trazem no seu discurso um viés de ordem colonial, onde situa o indígena em um espaço-tempo fixo no passado sem mobilidade e ascensão para o futuro, onde sua identidade é historicamente construída e naturalmente condicionada à representações caricatas que tendem a invizibilizar as diferenças presente na pós-modernidade, naturalizando sua condição no polo binário inferior, preso a uma identidade iconográfica produzida pela identidade nacional e reforçada pela história nacional.